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Praticamente todos os dias, várias formas de conhecimento são perdidos para sempre sem deixar cópias. Quando um desastre natural atinge uma região ou uma guerra eclode, bibliotecas, arquivos, museus, monumentos, edifícios valiosos, incunábulos e objetos únicos são destruídos ou enfrentam ameaça de destruição. Esses eventos geralmente removem pedaços do conhecimento humano e às vezes culturas inteiras.

Exemplos históricos de perda de conhecimento[editar]

Existem muitas exemplos de perda definitiva de conhecimento:[1]

  • As bibliotecas da Alexandria, da Casa da Sabedoria e de Constantinopla estão entre as muitas grandes bibliotecas do mundo antigo que foram destruídas.
  • Um incêndio na Biblioteca Central de Birmingham em 1879 causou danos extensos que pouparam apenas 1.000 volumes guardados a partir de um estoque de 50.000.[2]
  • Igrejas, monastérios, conventos e biblitecas foram destruídos durante Guerra Civil Espanhola.[3]
  • Centenas de bibliotecas e arquivos foram destruídos e seu conteúdo perdido durante a Segunda Guerra Mundial.[1]
  • Mais de 6,000 mosteiros do Tibet foram destruídos durante a Revolução Cultural, juntamente com estátuas únicas, tapeçarias e manuscritos.[4]
  • Algumas das fitas comg ravação em alta qualidade do pouso na Lua feito pela Apollo 11 foram sobregravadas e seus dados perdidos para sempre.[5]
  • Durante a Revolução Romena de 1989, um incêndio começou na Biblioteca da Universidade Central de Bucharest e mais de 500,000 livros, juntamente com 3,700 manuscritos foram destruídos.[6]
  • A Biblioteca Nacional e Universitária da Bósnia e Herzegovina foi bombardeada e incendiada, juntamente com milhares de textos insubstituíveis, no Cerco de Sarajevo em 1992 durante a Guerra da Bósnia.[7]
  • ...e muito mais.

Exemplos modernos[editar]

Arquivo Histórico da cidade de Colônia depois do desabamento em 2009

Infelizmente, a destruição de conhecimento não cessou com o início da Wikipedia em 2001. Aqui estão alguns exemplos:

  • Em julho de 2007 10 túmulos que remontavam quase 1.800 anos foram destruídas para a construção de uma filial IKEA na cidade de Nanjing, no sudeste da China.[8]
  • A Biblioteca e Arquivo Nacional do Iraque e outros edifícios foram saqueados e queimados durante a invasão do país em 2003.[9] No Museu de Arqueologico de Bagdá centenas de tabletes ed argila com escritas cuneiformes desapareceram, muitas delas ainda por serem descifradas.[10]
  • Parte da coleção da Biblitoeca Duquesa Anna Amalia na Alemanha perdeu-se em um incêndio em 2004, a menos de dois meses antes da mudança de local da coleção que estava programado.[11]
  • O edifício do Arquivo Histórico da Cidade de Colônia desabou em 2009 enterrando sob toneladas de escombros, mais de um milênio da história da cidade.[12]
  • Em 26 de outubro de 2009, o serviço GeoCities foi fechado, retirando da vista do público 38 milhões de páginas web construídas pelos usuários ao longo de 15 anos.[13]
  • Grande parte do património do Haiti foi danificado ou destruído no Terremoto do Haiti de 2010.[14]
  • Em janeiro de 2014, a Bibliothèque nationale de France (BnF) Bibliteca Nacional da França foi alagada destruindo 10 a 20 mil itens enter livros e documentos.[15]

No Brasil[editar]

  • Após o golpe militar de 1964, o general Justino Alves Bastos, comandante do III Exército, ordenou, no Rio Grande do Sul, a queima de todos os livros considerados "subversivos". Entre os livros marcados como subversivo estava O Vermelho e o Negro de Stendhal.[16]
  • Em maio de 2012 um vazamento de água danificou obras e jornais na Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro.[17]
  • Em janeiro de 2014 uma operação de emergência foi montada para salvar cerca de 18 mil livros de uma biblioteca da UFRGS, em Porto Alegre, aa véspera do Ano Novo, um vazamento em um cano inundou parte da Biblioteca Setorial de Ciências Sociais e Humanidades, no Campus do Vale, alguns exemplares ficaram inutilizados.[18]


Referências

  1. 1,0 1,1 Lost Memory — Libraries and Archived Destroyed in the Twentieth Century, preparardo para a UNESCO em nome da IFLA por Hans van der Hoeven e da ICA por Joan van Albada. - Paris : UNESCO, 1996 (em inglês)
  2. Norman Bartlam (2011). The Little Book of Birmingham. History Press Limited. p. 30. ISBN 978-0-7509-5390-0.
  3. Puerta, Mariano e al, El martirio de los libros: una aproximación a la destrucción bibliográfica durante la Guerra Civil, Boletín de la Asociación Andaluza de Bibliotecarios
  4. BBC News, Tibetan monks: A controlled life, 20/3/2008, (em inglês)
  5. Daniel Nasaw, Houston, we have a problem: original moon walk footage erased, The Guardian, 16/7/2009, (em inglês)
  6. The Central University Library of Bucharest (em romeno)
  7. Daria Sito-Sucic, Sarajevo reopens landmark city hall and library destroyed in war, Reuters, 9/5/2014, (em inglês)
  8. Reuters, Workers destroy ancient Chinese tombs: media
  9. TheHuffingtonPost.com, Iraq National Library Destruction: The Incredible Fight To Save Iraq's Collective Memory (PHOTOS), 03/06/2013 (em inglês)
  10. Fernando Báez (2014). Nueva historia universal de la destrucción de libros: De las tablillas sumerias a la era digital. Editorial Oceano. p. 292. ISBN 978-607-735-121-4.
  11. “A historical building first of all needs to be understood”, Berker (em inglês)
  12. Andrew Curry, History in Ruins: Archive Collapse Disaster for Historians, Spiegel.de, 4/3/2009 (em inglês)
  13. Matthew Shechmeister ,Ghost Pages: A Wired.com Farewell to GeoCities, Wired.com, 11/3/2009 (em inglês)
  14. Richard Kurin, Saving Haiti’s Heritage: Cultural Recovery after the Earthquake (Book), Smithsonian Institution (em inglês)
  15. Jean-Jacques Larrochelle, Une inondation met en péril des documents rares conservés à la BNF, Le Monde, 16/1/2014 (em francês)
  16. E. Bradford Burns (1993). A History of Brazil. Columbia University Press. p. 451. ISBN 978-0-231-07955-6.
  17. André Miranda, Inundação na Biblioteca Nacional causou danos maiores do que os anunciados pela instituição, O Globo, 03/05/2012
  18. Patrícia Comunello, Inundação danifica acervo de biblioteca da UFRGS, Jornal do Correio, 07/01/2014

Bibliografia[editar]

Links externos[editar]