Futuro da Wikimedia no Brasil/Pad de 20140830

Grupo de Usuários Wiki Movimento Brasil
Ir para navegação Ir para pesquisar
Cópia bruta de de <https://etherpad.mozilla.org/IUQyZkKZhw>, tal como às 23h18min de 30 de agosto de 2014 (UTC)
Pedimos que sejam feitas edições apenas em Futuro da Wikimedia no Brasil/Notas.
Página mantida por motivos históricos
Se quiser discutir sobre o assunto abordado aqui, é aconselhável fazê-lo na Ágora.
Nota: Esta página pode conter informações defasadas ou incorretas.

Abertura do evento com fala do Célio, contextualizando a reunião, seu significado e suas limitações:
-"Não falamos em nome de toda a Comunidade. Somos uma parte da Comunidade".
-"Não precisamos sair daqui com um único caminho. Há diversos caminhos a serem adotados por pessoas diferentes."
Apresentação dos participantes:
1) Célio, Sturm, voluntário desde 2004, participou do projeto catalisador.
2) Márcio, voluntário há 4 anos, foco em eventos e fotografia. Tem feito muitos contatos.
3) Fábio
4) Rafael Moretti desde 2005, edita na Wikipédia e no Wikidata desde , fora da Wikipédia, começou a participar desde o ano passado, tem se focado em outreach.
5) Teles, editor desde 2007 da wiki.pt. Também é ativo no Meta e no Commons.
6) Jurema, editora desde 2004 na wiki.pt. Também é ativa no Commons. Tem participado de reuniões no movimento.
7) Vitor Mazuco, editor desde 2008. Combate ao vandalismo. Terceiro editor em número de edições. Ativo no Commons
8) Fabio Barros, editor desde 2006. Editor, não gosta de se envolver com problemas comunitários.
9) Jo Lorib, editor desde 2006, sysop desde 2007. Envolve-se no Wikisampa e, desde então, tem participado de muitos encontros e apoia o movimento.
10) Vitor Lopes, começou na wiki.en em 2005, passou para a wiki.pt em 2006. Envolveu-se no movimento desde 2012. É jornalista.
11) OS2Warp
12) João Pechanski (Joalpe) professor de jornalismo na Cásper Libero. Tem usado a wiki em sala de aula. Foco: projeto educacional. Teve contato com o catalisador via chamada.
13) Luiza Teles, editora desde 2006. Gosta de melhorar artigos, não gosta de combate ao vandalismo. Participa muito das discussão em torno da criação do grupo Wikimedia Brasil. "Precisamos de uma identidade própria. Melhor relação com a Fundação," Otimista com crescimento do movimento. Faz gestão comercial como administradora. Tem experiência em organização empresarial e gestão comercial. Pretende usar seus conhecimentos profissionais para ajudar no movimento.
14) Luís, Lugusto. Editor desde 2004 na wiki.pt. OTRS, Source, Commons, wikidata, Tradutor mediawiki. Participou do Catalisador. Começou curso de história e terminando biblioteconomia.
15) Vini. Edita desde 2007 quando tinha 14 anos. Dedicou-se ao combate ao vandalismo durante muito tempo. Envolvido com o Wikimedia Brasil desde 2011/2012. Participou de 3 wikimanias e teve contato com o movimento internacional e gostaria de ver no Brasil o mesmo nível de organização visto em outros países. Valoriza a identidade e o grupo. "É importante a gente se conhecer, se gostar e trabalhar juntos"
16) Rafael Pezzi, professor no programa educacional. Tem atraído novos professores ao projeto. Primeiro professor da UFRGS a entrar no projeto educacional. Tem experiência com software livre, ciência aberta, conhecimento livre. Seu trabalho na Wikipédia se resume essencialmente ao projeto educacional.
17) Raylton do Wikilvros desde 2008. Apoia o movimento Wikimedia Brasil
18) Helder (Helder.wiki) começou a editar em 2006 como anônimo e se registrou em 2007 no Wikilivros. Envolvido na parte técnica, mediawiki, bugs do bugzilla. Recentemente conseguiu acesso para editar interface de todas as wikis. Contribuiu com conteúdo de matemática.
19) Jonas (Jonas AGX) edita wiki.pt desde 2008. Faz computação, trabalhou com o Catalisador produzindo a linha do tempo - https://tools.wmflabs.org/ptwikis/Linha_do_tempo (um histórico de eventos significativos) e também fazendo um robô para os WikiProjetos. Participou da fundação do Grupo de Usuários.
20) Asaf edita na wiki.en desde 2001. Na Wikipédia em Hebraico desde 2003, sua língua materna. Em 2008 entrou no capítulo de Israel. Faz parte do conselho do capítulo desde 2009. Em 2011 foi contrato pela WMF para trabalhar com 'Grants' e parte de sua missão é fazer o Global South crescer no movimento. Tem formação em línguas clássicas, interesse por resolver o viés presente em artigos na wikipédia em Hebraico. Ficou encarregado da relação entre a WMF e o Catalisador desde 2013. Agora que o catalisador não foi renovado, ele continua sendo o principal contado entre a WMF e a comunidade local.
21) Patrício Lorente, argentino, edita em es.wiki desde 2005. Em 2007, nosso grupo de wikipedista fundou Wikimedia Argentina. Desde 2007 até 2012, foi presidente da WMAR e foi um dos organizadores do Wikimania Buenos Aires em 2009. Em 2010, nós criamos o Iberocoop, um grupo de cooperação entre países latino americanos e europeus. Um fator de destaque é que o grupo brasileiro sempre esteve presente, mas sempre com grupos diferentes um dos outros. Em 2012, ele foi eleito pela comunidade membro do Conselho da WMF e é vice-presidente do conselho da WMF. Todas a posições que ele já teve foram voluntárias e nunca foi pago.
22) Braz Leme: edita desde 2007. Sempre vota para que todo artigo seja mantido. Otimista com o movimento. Contrário à atualização ortográfica.
23) Diana Cury (Dianakc), tem conta desde 2011. Desistiu por ser muito complexa. Edita no Source, no Commons, Wikipédia. Persiste na Wikipédia pois tem mais conflitos, outros projetos são 'vazios'. É atraída pelo fato de que, na Wikipédia, há pessoas com formação variada.
Chegaram depois:
24) Tom está na Wikimedia desde 2006; Trabalhou no catalisador e hoje está na open knowledge.
25) Rodrigo Argenton
26) Jorge (jorgemaks) Professor de português, trabalha com alunos de 14 anos
27) Joice (Joiceleite), conheceu o moviemnto por um curso da Ação Educativa. Trabalha numa escola de ensino básico. Viu a oportunidade de fazer ações em conjunto.
https://i.chzbgr.com/maxW500/8303935744/hB8987115/ --> Hahahaha! --Vini
Discussão:
Luiza: - Qual será sua participação no nosso grupo, Patrício?
Patrício: - Eu não serei parte do grupo, isso não faz sentido. Vocês são o grupo. Qualquer coisa que eu possa ajudar, ou WMAR possa ajudar, ou WMF possa ajudar ou Ibercoop, estamos disponíveis. Iberocoop tem pontos fortes que podem ajudá-los: 1) Somos um ponto de contato entre capítulos. 2) Manter as coisas simples.
- Muitos conflitos e obstáculos que grupos como o de vocês estão passando, já foram enfrentados por outros grupos. Então, compartilhar experiências é uma forma de aprender mais rápido.
- Wikimedia Argentina é um grupo sólido mas não significa que todos pensem iguais, eles tem diferenças, problemas e conflitos. É um grande desafio para todo grupo encontrar maneiras de lidar com essas diferenças. Exemplo em 2007 quando se começou a WMAR, WMAR seria o primeiro capítulo na América Latina e Brasil seria o segundo. Isso não aconteceu até hoje e, na minha opinião, isso se deve porque vocês ainda não encontraram formas de lidar com diferenças internas.
Célio: Já houve algumas tentativas de criar capítulos no Brasil com grupos distintos. De fato, até hoje não se conseguiu consolidar um grupo coeso, o que entretanto não impediu a comunidade de realizar coisas interessantes.
Asaf: Vocês fizeram comentários sobre processos de tomada de decisões, mas esse é um encontro para trocar ideias. Existem diferentes interesses aqui, mas eu encorajo a todos a utilizar esse tempo de forma inteligente para focar no futuro, incluindo o presente, mas evitando voltar muito ao passado. Evitemos discutir problemas internos da Wikipédia, dramas do passado. Não percamos o foco com o passado. Vamos discutir o presente e o futuro. Se alguma coisa do passado, do catalisador e se vocês realmente precisam discutir isso, usem, por favor, a hora do almoço para isso.
Celio: A partir daquilo que a gente almeja para o futuro: como nós podemos construir isso, quais os recursos e como a gente precisa se organizar para alcançar os projetos que a gente almeja.
Marcio: (Apresentando Slides) Precisamos discutir quem somos nós, quais são nossos valores.
- Quem somos nós?
- Cada um de nós tem sua própria vida. Mas estamos aqui, num sábado, dentro de uma sala, juntos 20 pessoas. Por que estamos aqui? O que nos motiva? Cada um de nós tem seus objetivos e está buscando alguma coisa. Esse grupo, essas pessoas, têm coisas em comum. Geralmente elas têm uma visão de que algo pode ser melhor e pode ser construído, pode ser positivo, e também compartilham entre si um conjunto de valores: valores éticos e formas de comunicar entre si. O grupo é mais forte e dinâmico quanto maior esse compartilhamento. Eu participei de três Wikimanias e todos foram coisas bastante diferentes de tudo que eu já participei. O que me chama atenção no movimento Wikimania é que essas coisas são comuns a todos, e nós precisamos valorizar e proteger isso.
Em Washignton, no Wikimania. Éramos em torno de 30 pessoas e fomos visitar o Capitólio. O Guarda perguntou de onde éramos. O primeiro a responder disse: somos de todos lugares. Isso me chamou a atenção. O que aquele grupo tinha em comum era um conjunto de valores e não a geografia.
A Wikimedia é um movimento baseado em voluntários os quais compartilham uma visão e um conjunto de valores. A base disso é que o conhecimento deve ser livre e acessível a todos os seres humanos.
Não podemos esquecer disso, não podemos esquecer quem somos. Precisamos entender por que fazemos o que fazemos. A Wikimedia tem apenas 100 mil voluntários no mundo todo, mas tem um impacto onipresente. Cada um de nós é capaz de escrever sua própria história de sucesso. Mas também acredito que, como grupo, possamos que, como grupo, possamos escrever um história de sucesso para o grupo Wikimedia Brasil.
Célio: Perguntas sobre o futuro do movimento:
A partir de algumas perguntas enviadas por Asaf e Anasuya, a ideia é que nós comecemos a pensar nas respostas e criamos alguns esboços para darmos início à discussão. A ideia é suscitar, fomentar, a discussão.
-O que imaginamos que será o movimento em 2020? O que a gente almeja. Queremos algo organizado, algo estruturado? Se sim, precisamos traçar um caminho. Queremos um grupo orgânico, crescendo de forma sustentável com o apoio de uma comunidade diversificada porém com uma identidade comum. Movimento dinâmico e atuante de maneira orgulhosa, que se sente contente realizando as atividades. No Brasil, em geral menciona-se muito os conflitos e as discussões da comunidade, mas é importante que a gente tente lidar com essas diferenças de modo mais saudável e positivo como o Patricio ressaltou.
Raylton: Não ficou muito claro o que é "sustentável".
Celio: Existe a necessidade de um novo programa catalisador ou a organização da comunidade é suficiente?
Luiza:
Marco Tulio: (Fábio e o Raylton estavam de mãos levantadas- drama! ) lembrando que haverá a tarde um espaço para perguntas, sugerindo focar na resposta as perguntas da WMF
Célio: Que tipo de estratégias e atividades contribuíram para isto de tornar realidades. Devemos medir o êxito das atividades realizadas. Precisamos ter um processo de correção.
Célio: Que formato de representação - se houver uma - a comunidade aceitará como legítima? O grupo de usuários deveria apenas apoiar a comunidade no planejamento, execução e avaliação dos resultados. De que maneira uma lista de nomes é algo orgânico e permite que as pessoas tem uma identificação e uma relação de confianças, umas com as outras? Ser wikimedista é necessário, mas não suficiente para fazer parte de um grupo. As coisas são mais complexas.
Asaf: Entendo essa questão de que a comunidade é maior do que um grupo, mas como a comunidade daria legitimidade para essa forma de representação? Quais seriam os mecanismos usados para conferir legitimidade para qualquer que seja o mecanismo de representação que vocês escolham.
Jo Lorib: Eu tenho acompanhada as reuniões do movimento há anos e, no início, eu era o única cara da Wikipédia Agora todo mundo aqui é editor da Wikipédia há muito tempo. Hoje, o projeta está representado pelas pessoas que fazem a Wikipédia.
Asaf: Mas como a legitimidade vai reconhecer a legitimidade do grupo que vai representá-la? Como essa legitimidade vai ser demonstrada? Nós podemos discutir isso na segunda parte. É ótimo que todos nós concordamos que há aqui um grupo representativo, mas como as pessoas que não estão aqui vão considerar essa representatividade legítima?
Fabio: Eu acho que nenhum subgrupo externo a um projeto online deve representar a comunidade online. Nós não devemos querer representar a Wikipédia, não é nosso papel. Uma vez que temos um grupo de voluntários que de forma consciente e explícita concordou participar desse grupo, esse grupo elege os seus representantes que representam apenas a esse grupo específico, não representando nenhum dos projetos online ou mesmo o movimento como um tudo, até porque não vejo uma definição clara do que seja a comunidade e a comunidade da wikipédia não se resume nem aos editores, mas também aos leitores, que não editam mas defendem a qualidade e a importância da Wikipédia. Devemos formar um grupo de pessoas que querem participar dele.
Raylton: O que Fabio falou tem a ver com a dinâmica da Wikipédia, as pessoas se organizarem com e seus pares e realizarem coisas. Para coisas construtivas, a wikipédia em geral incentiva que sejamos ousados e para esse caso em questão, não seria necessária uma representatividade como se propõe. A organização não precisa ser tão burocratizada.
Célio: Como membros de fora da comunidade ou do capítulo acreditam e dão legitimidade à existência desse grupo.
Asaf: Este é um bom tópico para discussão posterior.
Mazuco: Como as pessoas que não estão aqui. Não houve divulgação certa. Eu não fiquei sabendo, só quando o Lugusto me avisou. Não deve ser divulgada só na esplanada.
Fabio: Foi divulgado nas Esplanadas, no br.wikimedia, lista de email e redes sociais.
Jo Lorib: Concordo que poderia ser mais divulgado mas foi bem divulgado. Devemos tomar nota dessa observação.
Asaf: A discussão sobre canais de comunicação deve acontecer à tarde.
(very interesting input: so much of the sense of legitimacy -- for this community -- depends on whether or not particular channels or devices were used) -- Ponto interessante: muito do sentimento de legitimidade -- para esta comunidade -- depende de se canais ou aparelhos particulares foram usados ou não.
Celio: Pensando a existência de um grupo de usuários, acredito que ele ganharia legitimidade no sentido de ser um grupo que facilita as ações da comunidade
Por que formalizar um grupo? Porque muitas ações carecem ou são facilitadas pela existência de um cnpj ou aspectos legais, para estabelecer, por exemplo, uma parceria com um arquivo ou biblioteca, a existência de um grupo formalizado facilita. A Comunidade tende a reconhecer como uma organização legítima.
Processos de decisão tendo em vista esses objetivos são questões igualmente relevantes. Deve passar pela transparência, colaboração e regrado pela ética. Esse processo de decisão precisa ser bem definido e bem descrito. E isso nos impõe novos desafios.
Quais recursos? Não apenas financeiros. Mas forma ampla, como a WMF e outros parceiros podem nos ajudar. Que tipo de estrutura precisamos? Que tipo de recursos podemos pedir à WMF. O pessoal do Uruguai nos cedeu um scanner para a digitalização de obras para realizar atividades em bibliotecas no Brasil, por exemplo. Eles nos cederam um scanner. Quem guarda esse equipamento. Sem a existência de um grupo formalizado, essas questões são mais sensíveis. Quem vai efetivamente trabalhar nisso. Isso envolve tempo, disponibilidade, mesmo, dinheiro.
Luiza: Se queremos encontrar representatividade, precisamos construir isso. Por esta razão, foi importante que tenhamos ganhado o scanner dos uruguaios. Isso significa que eles nos reconhecem como um grupo de confiança e digno de receber o equipamento. A gente precisa desse sentimento de legitimidade por parte de outros grupos.
Jo Lorib: Uma das funções do grupo é justamente fazer uma divulgação correta.
Célio: Na inexistência ou falta de concretude de um grupo de usuários ou um capítulo n o Brasil, o pessoal do Uruguai não sabia com quem falar. É difícil lidar com indivíduos.
Qual o papel dos recursos financeiros e quem os administraria e os distribuiria?
Luiza: Sugiro ler as perguntas e anotar as observações para as discussões.
(Tom chegou)
Célio: Caminhos possíveis do movimento? (1) A comunidade continua gerando conteúdo para os projetos online e agiria, esporadicamente, em atividades de outreach. Isso aconteceria sem a formação de um grupo. Esse tem sido o modelo adotado nos últimos anos. Fora do Brasil, há 40 aprox. 40 capítulos, 5 que são bem grandes. Há muitos capítulos que não produziram resultados significativos. A formalização de um grupo exige profissionalização, organização, planejamento. E muitos capítulos fundados mundo afora falharam nisso. (2) A WMF tem um sistema de financiamento de projetos (grants) para indivíduos ou grupos de pessoas não necessariamente formalizadas.
Vini: Não há necessidade de existir uma organização no Brasil para que a WMF ceda verbas. Indivíduos os grupos de indivíduos podem submeter pedidos de verbas, o pedido é analisado e pode ser concedido. Basta ir na página dos 'grants' e fazer a solicitação. Isso funciona sem uma perspectiva de continuidade. Pode ser para ações pontuais ou projetos de curta duração.
Luiza: Como o nosso grupo informal faria esse mesmo tipo parceria com outros grupos locais? Sem CNPJ, isso é muito difícil.
Vini: Será que nós (individualmente) estamos dispostos a assumir a responsabilidade de uma estrutura formal ou a gente quer trabalhar informalmente como se tem feito?
Fabio: O Tom pediu para eu esclarecer as questões legais de um indivíduo no Brasil receber verbas da WMF, por exemplo, como nós que somos funcionários públicos com dedicação exclusiva. Deve ficar claro pra universidade que nós não estamos prestando serviços pra WMF.
Tom: Isso é um ponto importante. Quando foram analisados modelos alternativos ao catalisador, mesmo antes da Oona quando a Carol era consultora, uma das possibilidades seria vc ter parcerias mais pontuais com organizações. Não sei quanto isso é organizável devido à estrutura da WMF. Hoje há os grupos temáticos, isso é uma coisa a se pensar. Eu e Oona fizemos uma atividade em Salvador, inclusive uma menina do interior, como nós poderíamos viabilizar pequenos recursos para essa pessoa?
Vini: O capítulo traz um avanço nesse sentido porque ele permite que a gente tenha maior organização e possa organizar eventos de maior complexidade que necessitem de antecedência na organização.
Joalpe: Meu novo projeto pedagógico do ano que vem estou pensando em fazer com artigos de artistas do museu afrobrasil. Isso envolve ir ao museu e tirar fotos para colocar no Commons. Me perguntaram se isso tem o apoio da Wikimedia Brasil? E eu não soube o que responder.
Célio: Daí a importância de existir uma organização.
Vini: A importância de haver uma organização está no fato de podermos pensar e planejar a longo prazo. Iniciativas individuais terminam juntos com os projetos que são realizados. Por exemplo, se quisermos realizar um Wiki Loves Monuments no Brasil e realizar a exposição das fotografias ganhadoras num local como o Centro Cultural Banco do Brasil, nós precisamos nos organizar com cerca de 2 anos de antecedência. Nesse sentido, a formalização de um grupo traz vantagens.
Tom: Eu já tentei fazer algo como cinema Wikipédia e quando disse que era consultor ao invés de voluntário, isso muda as coisas. É importante que as pessoas reconheçam que há uma organização por detrás das nossas ações. É importante poder apresentar um cartão de visitas com o nome de uma instituição conhecida como a WMF ou a OKF. É o que se chama de 'carteiraço', mas no bom sentido.
Lestaty (online, lido pelo Fábio): Particularmente eu acho muito complexo uma organização existir sem que se tenha uma formalização. Infelizmente no Brasil a maior parte das coisas necessita de um cnpj pra ser reconhecido como oficial, sem isso acredito que o grupo de usuários pode ser "barrado" e/ou ter dificuldades em possíveis eventos ou programas que exijam um cnpj ou algo formal
Jonas:
( https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_segue_a_fun%C3%A7%C3%A3o )
Jo Lorib: Nós temos um público grande.
Helder: A nossa escolha do que vamos realizar representa a escolha da comunidade?
Celio: A proposta é que essas ideias ecoem virtualmente e as pessoas queiram dar sua contribuição.
Célio: Terceira opção para a pergunta: Construção de um capítulo com projetos costurados para um período de tempo mais longo. Uma coisa precisa ficar bem clara: esses caminhos não são excludentes. Podemos adotar modelos mistos: por exemplo, a existência do Capítulo não impede nem desempodera grupos individuais.
Fabio: O fato de existir uma organização formal não exclui as iniciativas individuais. Mas pode-se deixar de fazer coisas por pensar que já existe alguém que pode (ou vai) fazer. Esse foi um erro meu e nós devíamos deixar essas coisas esclarecidas.
Raylton: Eu concordo com o que o Fabio falou e percebi isso no programa catalisador: a pessoa deixava de fazer o que fazia antes por pensar que já existe alguém pra fazer. Um capítulo que exista não deve e não vá representar a comunidade, inclusive a WMF não representa a comunidade. A discussão sobre representatividade se divide em duas: a organização da comunidade e a organização desse suporte legal/financeiro que acabaria sendo parecido coma wmf, só que mais próximo da gente e menos burocratizado.
Célio: Quarta pergunte: E se existisse o capítulo Wikimedia Brasil? Possivelmente teríamos um conjunto de atividades contínuas (core) que dariam forma ao grupo. Exemplos: suporte a professores, busca por novos parceiros, relato de dados, análise e melhora dos filtros de edição, relatos focado
Lestaty (online sobre a questão do Helder, lido pelo Fábio): Acho que enquanto ficarmos pensando em qual será a escolha da comunidade, nós nunca faremos nada. Se todos que estão aqui (aí reunidos) concordam com um modelo específico, acredito que o melhor é colocar o mesmo em prática. Imagino que quando houver algo formal outras pessoas da comunidade possam passar a se interessar mais. Pra quem não está acostumado com o grupo, ver de fora toda essa situação acaba parecendo muito confuso e talvez seja esse um dos motivos pelo qual ainda existe uma relativa aderência. Enquanto continuarmos pensando no modelo perfeito para a comunidade como um todo, vamos sempre ficar discutindo e nunca chegaremos em algo concreto, acho que o importante é darmos um primeiro passo.
Asaf's presentation: https://docs.google.com/presentation/d/1l5QStDLFAEOsS2jQKe7OeXtbkije0oQSxfWAQA5NJD4/edit?usp=sharing
Asaf (apresentação sobre representatividade): Como falei antes, a questão ou questões de representatividade. Eu reparei que um ponto importante para esta comunidade é como responder ao problema da representativa com qualidade. Eu preparei algumas ideias agora mesmo para compartilhar com vocês. Isso vai ajudar a iniciar a conversa. 1) Quem representa? Qualquer um? Ninguém? A comunidade? Que é esta comunidade? Apenas com mais de n edições. Quantas? Apenas aqueles que lembram dos tempos da licença livre GFDL? Apenas admins? Apenas pessoas com experiência em combate aos vandalismos. Apenas aqueles que podem improvisar uma dissertação sobre copyright? Então temos muitos problemas. Então há muitas questões sobre quem é aceito na comunidade e o que é aquele momento mágico quando se passa da posição de não representar a comunidade para a posição de poder representar. Um resposta que é obviamente errada é: apenas a WMF. Agora vou falar de Wittgeistien, um filósofo alemão com temperamento bem wikipedista. Contam que tentou atacar um colega com um atiçador de lareira. "Filosofia é a batalha contra o embruxamento da nossa inteligência pela forma da linguagem." Segundo ele, a maioria dos nosso problemas filosóficos são problemas de linguagem. Vamos dar um passo a trás e vamos falar da palavra "representação". Eis alguns significados:
1) Propriedade, responsabilidade legal (marcas, logos etc)
2) Ser representante legalmente autorizado
3) Fazer acordos em nome da "Wikipédia", como parceiros, assumir compromissos com universidade, outros parceiros. Firmar acordos e compromissos com outros parceiros.
4) Apresentar e discutir normas da comunidade, valores e visões. "Eu represento a Wikipédia pois eu falo dela, eu divulgo seus valores e regras".
5) Expressar uma opinião pessoal ao mesmo tempo que se identifica "como da Wikipedia" -- uma forma involuntária de representar a Wikimedia, sem se identificar como você mas como a Wikipédia.
6) manchete de jornal: "Asaf, editor da Wikipédia, diz..." O leitor do jornal pode entender a palavra "editor" da forma incorreta, como tendo mais valor do que esta palavra deveria ter. Quando se lê a palavra 'editor', pode-se enteder que esta pessoa foi escolhida para ser um 'editor chefe' ou coisa do tipo.
A lista não é completa, poderia haver muitos outros exemplos.
Qual dessas formas de representatividade nos preocupam? Eu estou sugerindo a vocês que vocês pensem que eu estou percebendo que existem algumas tensões em relação a essas diferentes formas de representação entre as pessoas que estão aqui presentes hoje. A forma de se conseguir legitimidade para cada uma das formas de representatividade que foram discutidas pode ser adquirida se houver foco em discussões contínuas feitas pelos grupos participantes da Wikimedia.
Voluntários são voluntários e não trabalham uns para os outros. Independente do que nós decidirmos, é impossível impedir que um voluntário fale com a mídia, por exemplo, em seu nome por iniciativa própria.
O que é possível fazer é criar um conjunto de regras e costumes, um senso de comunidade, que alinha as expectativas sobre o que é um comportamento adequado neste caso.
Uma outra ideia que sugiro a vocês é que esse esclarecimento pode resolver a maior parte das tensões internas que surgem na comunidade. O grupo deveria primeiro focas em decidir o que são estas formas de representatividade, de forma que as pessoas ficam satisfeitas em continuar fazendo o que estão fazendo.
Essa é a mensagem principal que queria passar a vocês, mas vou citar alguns exemplos de situações que ocorrem fora.
1) Capítulo de Israel: Comunicação reativa e pró-ativa (imprensa, mídia) são "organizadas" por um voluntário designado; Não que esta pessoa seja a única que fala em nome do capítulos, mas ele facilita, organiza e coordena o processo. Ele não é um porta-voz, ele é uma espécie de assessor de imprensa voluntário.
Patricio: A enorme conexão entre a comunidade de editores da Wikipedia em Hebraico e o capítulo de Israel pelo fato de Hebraica é uma língua falada essencialmente apenas naquele país. Não se deve copiar o sistema de Israel sem levar isso em conta. Não faria sentido que um voluntário de um capítulo de país de língua portuguesa se colocasse para responder perguntas de imprensa na Wikipédia Lusófona.
No caso da Wikipedia em espanhol, quando eles recebem um e-mail da imprensa via otrs, um voluntário do OTRS encaminha o e-mail para o capítulo em questão ou se não houver um capítulo no país, eles enviam para o capítulo argentino.
Argenton: Na wiki.pt, eu estive fazendo esse trabalho. Eu recebia e repassava para voluntários portugueses quando era o caso. Agora, eu não sei o que está acontecendo pois não estou mais no cargo.
Asaf: Esse trabalho serve principalmente para resolver os problemas das pessoas que não têm conhecimento da Wikipédia (e.g. quem é o editor-chefe?). Ter esse ponto de contato ajuda a resolver essas questões mais simples de forma padronizada. Esse trabalho pode envolver muitas pessoas, como quando uma estação de TV procura a Wikimedia para falar com um tipo específico de voluntário (ex: uma editora mulher), esse voluntário organizador faz o esforço de envolver outras pessoas. Contudo, os indivíduos não precisam se reportar ao assessor numa situação, mas ele pode ajudar o editor entrevistada a lidar com a mídia.
Jo Lorib: Nós temos alguma experiência com contato reativo. Há alguns dias tivemos experiência com o Jornal Nacional. Mas eu gostaria de ouvir mais sobre a comunicação pró-ativa.
Tom: Quando eu comecei a trabalhar no programa educacional, uma jornalista...
Jo: Não vamos falar do passado.
Tom: Isso é importante porque a jornalista publicou algo que eu não queria.
Jo: eu quero a resposta do Asaf. Esquece o passado, Tom.
Asaf: Eu compartilhei algumas experiências, mas este não é tópico principal aqui. Eu posso falar mais sobre comunicação, mas não é o foco. Isso é relacionado à representatividade. Então, comunicação proativa é quando você tem uma demanda de comunicação e busca a imprensa. A gente faz atividade e quer que as pessoas saibam disso. A parte online todo mundo tá familiarizado, mas na maioria dos países, a maneira de obter atenção da imprensa é escrever um release de imprensa. No entanto, os jornalistas recebem centenas de press releases e devem escolher apenas alguns para falar sobre. Por isso não se deve crer que o press release é suficiente para fazer comunicação proativa. Mas existem técnicas de fazer isso de melhor maneira. Exemplo: enviar um press release e não chamar a atenção da imprensa porque o assunto parece banal ao jornalista. Mas se você diz que você vai fazer o 'maior concurso de fotografia do mundo e que será no Brasil' , isso chama a atenção porque isso é notícia. Mas se sua atividade não é um recorde mundial, então você deve buscar alternativas como dizer "você sabia que metade dos monumentos no Brasil não estão fotografados na Wikipedia". Em Israel, os indivíduos não precisam coordenar entrevistas com antecedência. Existe uma página com o log das aparições da Wikimedia na mídia, que é alimentada por todos os voluntários (isso também há na Wikipédia em português). E também existem comunicações após a publicação, para avaliar se houve uma boa comunicação. Existe uma boa tolerância com os voluntários quando eles produzem afirmações mal colocadas ou quando elas são mal representadas pela imprensa e isso, infelizmente, acontece com frequência. Ninguém é "bloqueado" por uma entrevista ruim. Muitas vezes acontece mesmo que o voluntário assessor de imprensa tem de entrar em contato com a imprensa para publicar correções. Isso é normal.
2) Os EUA não são um exemplo de um país e um idioma. Há uma lista de "assessores de imprensa" voluntários. Há também uma lista de email global para relatar post-factum chamada ComCom (eu espero que alguém aqui esteja nessa lista). Nos EUA, porque a en.wiki é a maior e de certa forma uma Wikipedia global, lida em todo lugar, 33% das edições vindas do Brasil são na en.wiki. Isso é culpa de vocês? Hehe! :)
Em termos práticos, ninguém espera ser notificado sobre todas as requisições da imprensa na Wikipédia em inglês. Isso significa que todos os wikipedistas da en.wiki estão felizes com todas as aparições na imprensa? Claro que não! Mas a vida segue desse jeito.
Essa é a situação lá e quando a solicitação, tenta-se procurar voluntários no local. Se não há alguém de outro lugar responde. E é assim que funciona, é uma coisa enorme! Mas isso também se aplica a parcerias, eu não preciso de permissão para ir até um museu
ou universidade negociar uma parceria. Isso não significa que qualquer pessoas podem sair por aí oferecendo parcerias com a Wikimedia, mas a comunidade se engaja ou não nas coisas que acontecem. O fato de você fazer uma parceria não quer dizer que a comunidade vá se engajar. Se você chega a um museu e acorda com eles que você vai produzir centenas de artigos que serão traduzidos para dezenas de línguas, você pode não conseguir cumprir o que você prometeu se a comunidade decidir não se engajar no seu projeto, e você estará numa situação constrangedora. Quando eu vou a um museu, eu não posso prometer coisas que eu não sou capaz de entregar: você disponibiliza o seu material no Commons e eu vou tentar engajar a comunidade no projeto. Só assim você consegue se aproximar do parceiro, sem promessas inatingíveis ou perigosas.
O que eu precisaria em termos de legitimidade para iniciar um projeto na Wikipédia em Inglês? Não preciso de uma concordância geral da comunidade nem de maioria. O que eu preciso é um grupo de editores dispostos a fazer acontecer e comprometidos e nenhuma indicação de que o trabalho é inadmissível. Se você tiver uma meia dúzia de pessoas bem comprometidas e não há ressalvas: ninguém é contra os valores da comunidade, por exemplo. Então você começa um projeto.
3) Estônia (população: 1,1 milhão) tem a maior proporção de editores por milhão (isso significa na prática 20-25 editores ativos). Eles têm um capítulo que inclui quase todos os editores ativos da Estônia. É uma situação muito especial onde os membros do capítulo coincidem com os membros mais ativos da comunidade. Este capítulo faz um excelente trabalho, tem feito feito muitos pedidos de verbas e eles têm recebido cada mais recursos. Isso é fantástico, porque a comunidade apoia o capítulo porque o capítulo é a comunidade. Apesar disso, o capítulo decidiu, uma vez, rejeitar uma atividade proposta por um membro do capítulo, que inclusive faz parte do conselho. Esse voluntário ficou frustrado, mas ele não desistiu e conseguiu financiar seu projeto pelo Individual Engagement Grants da WMF e, no fim das contas, ele conseguiu realizar sua atividade e todos ficaram felizes. Esse é mais um exemplo de que é possível lidar com situações em que não há acordo.
Problemas de representação que eu acho que vocês deveriam discutir: Questão de responsabilidade legal e propriedade de marcas não são relevantes aqui. Mas ser legalmente autorizado por um eventual capítulo é uma questão a discutir com seriedade. Fazer acordos em nome da Wikipédia é uma péssima ideia, ninguém, nem a WMF, deveria fazer isso. O que significa representar quando se dá uma palestra sobre a Wikipédia ou sobre seus métodos? Deve-se esclarecer o que se espera de um voluntário quando se coloca nesta posição. Vou-lhes dar um exemplo concreto: eu fui convidado aleatoriamente para participar de uma conferência na FGV sobre Coleções Digitais, que tem muito a ver com GLAM, inclusive oferecendo pagar minhas despesas para estar no Rio e fazer uma demonstração dos casos de sucesso. Eu disse Sim, porque é parte do meu trabalho ajudar a criar oportunidades para Wikimedia ao longo do mundo. Eu não solicitei a essa comunidade uma permissão para isso. Como um voluntário experiente e como representante da WMF, eu posso aceitar um convite para falar. Eu vou ser claro de que trabalho para a WMF, mas não falo pela comunidade e não posso garantir nada em nome da comunidade lusófona. Apesar dos casos de sucesso no mundo inteiro, não significa que haverá sucesso aqui. Eu vou fazer as conexões e referi-las a vocês e espero que as coisas aconteçam se a comunidade estiver interessada.
Há muito mais a falar sobre isso, mas lembrem-se que toda forma de solução para estas questões não podem ser atingidas aqui nesta sala mas deve ser levada à grande comunidade dentro da wiki. Aqui nos fazemos propostas, mas o grande grupo deve tomar uma decisão.
Braz: Eu tenho uma preocupação grande com editores que vão a empresas e entidades para prometer artigos. "venda de artigos"
Fabio: isso deve ser resolvida pela comunidade que deve estabelecer padrões de qualidade para o texto efetivamente escrito. Não há como impedirmos que pessoas se coloquem como assessores de Wikipédia. Nem podemos identificá-las.
Asaf: Isso acontece com frequência:
Patrício: O maior escândalo foi na Wikipédia anglófona. As comunidades tratam de formas completamente distintas com isso: há grande diferença na aceitação.
Asaf: Isso tem piorado à medida que a Wikipédia se torna mais importante. É crescente a demanda por artigos lá e oferta de profissionais qualificadas a escreve na Wikipédia.
Jo Lorib: Eu tenho acompanhado estudantes e reparei que 10 por cento deles continuavam editando e reparei que eles editavam para suas empresas. Meu trabalho pedagógico para contribuir para Wikipédia se tornava uma capacidade para ser usada comercialmente.
Asaf: deixemos o assunto para o jantar.
(I agree)
Fabio: A comunidade deve tomar as rédeas do que era desenvolvido pelo projeto catalisador, com o fim do programa. Eu recebo os e-mails da lista de educação e eu posso continuar recebendo e respondendo.
Argenton: O que vocês vão fazer com o projeto de educação? O Padula abriu uma nova frente de trabalho e eu não discordo porque ele não consegue trabalhar aqui. Vocês não tem programas, não tem metas, e não tem resultados. A gente vai fazer isso? Como? A meu ver, com a morte do catalisador, simplesmente, não há mais ninguém tocando esse negócio, sendo proativo. A comunidade antes de decidir quem vai cuidar, deve decidir quem vai cuidar e se vai cuidar.
Asaf: O que seria um programa de educação aceitável na sua visão?
Argenton: Quando o programa começou no Brasil, eu critiquei abertamente ao Everton. Tem inúmeros pontos. O primeiro deles: a gente nao é reconhecido como uma entidade acadêmica. Não faz sentido ter uma discussão acadêmica.
Jo Lorib: Você continua falando do passando
Asaf: Menos passado e descreva situação. Estou te perguntando sobre o futuro.
Argenton: A mesma visão que eu tinha no início do programa eu tenho agora.
Asaf: Então descreva-a.
Argenton: A gente precisa primeiro saber para onde vai e o que a gente quer fazer. Quantos artigos? Pra quem? Não falar com professores pontualmente, isso diminui o "bus factor". É muito fácil chegar numa faculdade particular e fazer uma palestra pública e incentivar os alunos a se identificar com a Wikipédia. Por que os embaixadores são pontualmente de cada professor e não da universidade?
Asaf: Eu entendo o modelo. Minha próxima questão: isso faz sentido se você tem profissionais trabalhando e tem muitas semelhanças com o modelo do qual estamos nos distanciando, mas qual seria o modelo em que voluntários estariam felizes em participar. Como você lida com a questão de que o modelo que você propõe não é aprovado pela comunidade? Não deve existir programa de educação?
Fabio: Quando eu falo em projeto de educação, me refiro a atividades corriqueira simples, mas que precisam ser feitas por voluntários comprometidos. Eu recebo um e-mail de um professor pedindo instruções para participar do programa de educação. Existe uma burocracia universitária para implantar a atividade. Eu posso pedir a ele o endereço de trabalho dele e enviar algumas brochuras, por exemplo, e isso demonstra que há um programa organizado e isso confere credibilidade.
Asaf: Argenton fala de um "projeto" e Fabio fala de um "programa". O programa de educação é um modelo de atividades, portanto um programa, e não um projeto que pode ser feito por um voluntário por um período e mostrar resultados finais.
Tom: Essa diferença é importante, porque é um programa da WMF e fui contratado para gerir um projeto no Brasil, um subconjunto do programa.
Argenton: A pergunta é além. O que vocês querem fazer? O que vocês esperam daqui a 5 anos. Eu não sei mais o que vocês querem fazer,
Jo Lorib: Isso foi falado de manhã e você perdeu essa parte.
Fabio: Isso independe de um capítulo. Na wiki a gente deixa de fazer as coisas porque a gente discute demais como vai ser no futuro. Hoje, existem poucas pessoas envolvidas no programa de educação no Brasil e eu sou capaz de trabalhar com ele.
Argenton: E como vocês querem aumentar o impacto? Qual o impacto, vocês querem continuar?
Fabio: Existem voluntários fazendo isso agora e as coisas estão acontecendo.
Vini: Você está trazendo um mau tom para discussão revivendo pontos sem importância. Você está atrapalhando a discussão.
Braz: Tentem resolver os problemas com o Argenton.
Argenton: Somos baseados em atividades, quais atividades vocês realizaram no último semestre?
Asaf: Rodrigo, você tem ações e expectativas sobre as atitudes e ações dos outros voluntários, mas os recursos são finitos e apenas você pode gerir tais recursos.
E se eu puder fazer uma sugestão sobre seu tom, eu penso que suas contribuições sobre as preocupações seria melhor se ele desse uma roupagem diferente, não de que as pessoas precisam convencê-lo de que ele está errado, senão ninguém sai daqui com vida. Mas também é uma sugestão e você não precisa me convencer de que eu estou certo ou errado.
Joalpe: Futuro realista ou utópico realista. No futuro realista eu posso simplesmente continuar fazendo como voluntário, mas no futuro utópico realista seria que os professores que pensam na Wikipedia na educação pudessem aprender com meu esforço também. Ter esforço em pensar e convencer os outros sobre as possibilidades de trabalho. Como conectar projetos? Pesquisa conjunta, para difusão e produção de conteúdo. Assim poder conectar experiências. O que o catalisador me trouxe foi alguém para fazer oficinas na faculdade, que foi o Célio. Eu quero tornar minhas ações orgânicas e poder crescer de forma orgânica.
Fabio: Sendo bem prático e eu quis trazer o assunto em especial pela presença do asaf e patrício, que representam a WMF frente a esse grupo. O Catalisador foi descontinuado, existiam atividades que eram feitas pelo Catalisador e não podem ser interrompidas. Para isso é preciso que o simples e práticas sejam feitas: quem vai responder o e-mail? quem vai distribuir material de divulgação? quem vai ter em casa as brochuras pra enviar para as pessoas? Eu pretendo fazer uma discussão na Wikipédia. Existem problemas comunitários, o nosso aluno chega lá e é revertido de forma não razoável por editores da Wikipedia. Alguns rejeitam o fato de o aluno editar de forma "não tão voluntário", como os outros voluntários. Mas esse não é o foco aqui. Causa um impacto enorme quando vem alguém de fora e fala numa universidade, é diferente quando eu vou e falo.
Tom: e se fosse alguém do capítulo? Tipo o coordenador da Wikimedia no Brasil?
Fábio: No caso do Brasil oficialidade é importante. Isso tornar sério o assunto. Fábio dá um exemplo com o Mazuco.
Mazuco: Eu tenho um projeto com a minha professora, e vamos tocar o programa wikipedia na universidade e estou trabalhando com o Padula.
Jurema: As pessoas precisam de apoio, quem vai ajudar.
Fabio: Um apoio barato para a wmf e causa impacto é ter material disponível para entregar. eu tenho uma brochura e existe uma instituição por trás, com professores de universidades importantes no mundo.
Pezzi: eu vejo o programa de educação com plena capacidade de atingir professores e alunos de ensino médio. precisamos aumentar o numero de contribuidores. a sustentabilidade não é só nossa. a gente precisa de mais gente. a barreira tecnológica é importante porque as pessoas que chegam ali não sabe,m como editar. isso tem um potencial de tocar as pessoas no momento em que elas estão prontas para aprender.
Mazuco: Desde o começo do ano paramos de criar artigos na Wikipédia lusófona.
Fábio: Esta não deveria ser uma preocupação primária. Enciclopédia não se vende a quilo.
Pezzi: Como ganhar escala para atingir mais e mais pessoas, como o Khan academy. É preciso aumentar a comunidade e ganhar corpo.
Asaf: A fundação está disposta a ajudar e dar suporte às suas atividades, independente de quem vocês são. Nós queremos impacto e se você tem uma atividade que cause impacto, podemos ajudar não só com recursos financeiros, mas com material, conectar você a outras pessoas que fazem trabalhos semelhantes etc. Muitos têm dito aqui "eu quero". Seria mais útil nessa sessão, focar nos obstáculos que nos dificultam a atingir os resultados.
Mazuco: É só pedir? Pra quem eu peço?
Asaf: Resposta simples: EU! Você pode me contatar diretamente. A resposta longa: eu vou te direcionar para o Grants Program no meta, você lê as instruções e pode me perguntar se tiver dificuldades. Temos processos, e se você precisar de outras formas de ajuda é só falar, como material impresso, etc.
Fabio: Link para o Mazuco: http://meta.wikimedia.org/wiki/Grants (better use https://meta.wikimedia.org/wiki/Grants:Start)
Célio: É importante perceber o caminho que estamos seguindo, é importante debater: estamos aqui para observar o legado do catalisador, ver os programas e como trabalhar para manter as coisas funcionando bem -- no caso do programa de educação. É importante ter um estrutura mínima para manter esse tipo de coisa. O segundo ponto é como podemos agir? No que queremos agir? Podemos ter n projetos em diferentes frentes e assim organizar-nos nesse sentido.
Argenton: A minha única dúvida: é consenso de todos aqui que é interessante que tudo que foi feito no Catalisador ser continuado?
Célio: O programa de educação não deve morrer.
Luiza: O programa sobrevive sem a gente. É importante todo mundo falar, mas eu acho que a gente precisa começar a construir a estrutura desse grupo aqui. Como ele vai se organizar para dar apoio não só ao projeto de educação, mas ao que quer que seja. Eu tenho pouca experiência em atividade externa, além de insistir para captar novos usuários. E isso eu vou continuar pq é minha paixão. mas precisamos estruturar: vai ser uma organização, vai ser informal? Não podemos perder tempo discutindo sobre o futuro se o presente está indefinido.
Asaf: Eu quero lembrar o comentário do Jonas mais cedo, saber o que se quer fazer e tentar seguir removendo os obstáculos. Primeiro delimitamos o que queremos fazer e depois o que nos impede de fazer e que estrutura precisamos. Um exemplo rápido, uma suposta resposta para a questão do que está impedindo as pessoas em salvador de realizar ações por lá: há falta de pessoas que podem falar em público para divulgar, então é possível fazer treino em como fazer palestras, e isso não requer estrutura apenas uma ação pontual. Atacando os obstáculos as ações podem ser realizadas, mas é necessário encontrar tais problemas e resolvê-los um a um -- os fáceis primeiro.
Tom: É possível financiar cursos de inglês? As discussões em inglês são um obstáculo para alguns,
Asaf: É possível.
Luiza: Isso aconteceria independente do grupo?
Asaf: Nós somos agnósticos em relação à estrutura. Nós podemos trabalhar com qualquer coisa que funcione no Brasil, desde que produza impacto.
Vini: podemos então seguir no sentido apontado pelo asaf e encontrar as barreiras para fazer coisas (programas)
Luiza: Precisamos responder algumas perguntas básicas sobre o que somos e o que queremos fazer.
Argenton: Então poder decidir o que fazer dentro dessas possibilidades.
Fabio: O que tem nos impedido?
1) Isolamento geográfico dos voluntários: não existe uma cidade com grande concentração de voluntários, exceto São Paulo.
2) Comunicação eletrônica ruim: dificuldade de resolver mal-entendidos online; manter as questões mais sensíveis fora de ambientes abertos, como a lista de e-mails.
3) Continuar discussões com contextos "ideais futuros" ao invés de focar no que podemos fazer agora com nosso contexto agora. Vários editores podem fazer várias coisas, com conhecimento e capacidade para realizar por exemplo palestras. Seja corajoso! Façam, os voluntários são autônomos para fazer várias coisas.
Soluções possíveis:
1) Tom fala do exemplos da Okfn, que também tem isolamento geográfico, então é possível criar hubs "locais" e capazes de agir de forma mais organizada. Asaf: Isso pode funcionar? Algum obstáculo?
Jo: Tempo! Ou melhor a falta dele pode impedir essa solução.
Argenton: Falta de responsabilidade por parte dos voluntários, é importante aumentar o comprometimento.
Asaf: Possível risco de escolher uma pessoa errada? Começamos com um obstáculo e tentamos encontrar soluções e buscar a melhor. Seleção natural das soluções.
Teles: Com relação ao problema de isolamento geográfico, acho que uma solução seria aumentar o numero de voluntários. Por que não replicamos o que temos feito? As pessoas não registram o que tem feito de forma pragmática. O programa de ensino: como o Fabio começou, qual o modelo que ele utiliza com os alunos? Se isso estiver público, facilita a tomar decisões. Uma solução seria melhorar a documentação.
Luiza: Desigualdade entre as diferentes regiões do país, no número de recursos, voluntários.
Asaf: Claro que não só não tem as mesmas expectativas, mas você diz que vocês já estão satisfeitos com o que conseguiram em Salvador?
Raylton: No contexto dos hasckerspaces são feitas reuniões periódicas onde atividades e responsabilidades são delegadas de forma periódica, pares trabalhando aumenta a redundância e está funcionando.
Asaf: Eu estou feliz sobre a solução proposta pelo Teles sobre o problema de isolamento. É claro que também há um problema diferente: como recrutar novas pessoas? Criando soluções, acaba-se criando também novos problemas. Poderíamos resolver a questão de novos usuários criando atividades com baixa complexidade, como por exemplo uma saída fotográfica. Isso tem reconhecidamente ajudado a trazer novos usuários em outros lugares.
Braz: Dentro da pergunta sobre como recrutar pessoas, o WikiSampa é um exemplo simples capaz de ser replicados em vários lugares.
(Mazuco vai ser o divulgador oficial de todos os eventos e encontros -- assumiu o compromisso! Teles deu um like)
Rodrigo: Eu tinha pensando nisso quando Fabio estava falando. Tem uma dificuldade de novos voluntários não saberem como começar. Essas atividades pequenas foram propostas aos dorming chapters.
Asaf: É possível fazer encontros e a WMF pode ajudar com recursos, então vão em frente, façam a divulgação. Explicando sobre o que a WMF pode fazer é unir voluntários ao menos uma vez ao ano no Brasil -- como isso que acontece agora. Vocês não precisam provar o valor desses encontros, apenas façam. Isso é uma possível solução, assim como as outras soluções.
Vini: WikiGossip 1.0 mês que vem. Jurema confirmou presença.
Tom: Os voluntários podem fazer, como isso aqui hoje, fazer-cracia. Mas é importante compartilhar responsabilidades.
Marcio: Posso fazer parte da equipe de organização dos eventos junto com outros voluntários.
Raylton: Esse encontro talvez pudesse ter um custo menor, porque encontros centralizados têm um custo muito alto. Seria possível fazer a mesma coisa descntralizado, mas divulgados conjuntamente.
Celio: eu participei tanto do Wikiday como do Hackaton e concordo que o custo é elevado, mas os benefícios são enormes.
TRANSIÇÃO
Asaf: Vamos fixar um tópico: Transição do catalisador ou obstáculos?
Jo: Transição
Celio: Eu posso falar do programa de educação. Como receber as pessoas que querem participar. Precisar ter um email e sermos capazes de respondes e encaminhar material adequado e voluntários dispostos a ajudar. Eu estou escrevendo uma página para centralizar relatos de professores que já participarem. Isso deve ajudar a atrair novos participantes.
Jo Lorib: Em relação aos contatos com outras instituições? Quem vai "herdar"?
Célio: O que acontecia é que fazíamos contato com a instituição mas a parceria era feita com o professor. Os professores que tiveram experiências positivas tendem a permanecer no projeto. Os bons resultados, no fim, vieram de professores com bom grau de autonomia. Pessoas que procuram o catalisador e não o contrário.
Jo Lorib: O que mais vale preservar? No contexto do programa de educação.
Célio: O que importa não é preservar, mas em transformar a experiência em relatos. Publicar as histórias de sucesso e apresentá-las de forma profissionais. Pois, como disse o Fábio, ter material profissionalmente produzido com uma instituição por de trás causa um grande impacto positivo.
Tom: Só queria ouvir dos voluntários que estão aqui e acompanharam mais de perto o Catalisador. O que vocês viram no catalisador de bom que deveria ser mantido? tentamos fazer parcerias com outras instituições como unirio e usp, mas paramos no obstáculo de não ter um cnpj. Esses contatos deveriam ser passados para a comunidade, para quem tivesse o interesse de assumi-los.
Braz: Questão de ordem. Eu sei que o pessoal da USP no caso do Instituto de Matemática e Estatística de São Carlos estavam procurando uma parceria.
Raylton: Eu queria pontuar que eu fico incomodado quando você fala em produzido profissionalmente e produzido por voluntário.
Célio: A ideia é mostrar algo muito bom para outras pessoas, ao invés de algo "amador".
Fabio: Eu ia falar que o projeto educacional é bacana, mas não deve ser um foco importante para esse grupo. Não deve ser visto para um projeto para dois três anos, a universidade é uma instituição lenta. Este projeto não deve consumir energia desproporcional desse grupo e pode gerar frustração. Raramente alguém se torna editor permanente do projeto. Existem limitações do projeto de educação. Devíamos pensar mais em coisas que nos deixariam felizes e orgulhosos num curto prazo. Por exemplo, ter 10 palestras acontecendo ao mesmo tempo em um mês no Brasil, cada um no seu local.
Teles: A WMF teve um esforço na aproximação com a comunidade, não havia uma relação de fato. É importante manter a unidade e aproveitar o esforço realizado até agora.
Fabio: Eu ia falar algo parecido com o que o Teles falou. O catalisador nos ajudou a nos aproximar da comunidade internacional. A comunidade brasileira tem um impacto na área técnica, com o Helder, Teles e outros. Criou-se uma maior cultura de realizar encontros e nos reconhecermos como um movimento, mais do que usuários de um website. Nós somos deixamos de ser usuários da Wikipédia para sermos membros de um movimento. Os esforços para organizar a comunidade não podem parar.
Tom: eu tive a experiência dupla de voluntário e contratado. Muitas vezes era frustrante perguntar algo para a comunidade e não obter resposta. Qual a melhor maneira de envolver a comunidade de forma a ela se sentir parte do grupo?
Teles: Eu acho que talvez, uma coisa que penso talvez tenha sido um problema. Existem ilhas de super comunicação que não têm relação com o contexto. Se vc coloca na Esplanada que pede apoio da comunidade para fazer GLAM, sendo q ue a comunidade não sabe o que é GLAM. Se isso não estiver bem descrito e com entendimento facilitado, como participar e o que tem sido feito anteriormente, para que as pessoas se enxerguem e avaliem se têm capacidade para fazer isso.
Vitor Lopes: Vou ter de partir agora, mas quero dizer que a discussão foi esclarecedora pelo momento. Não sei como vai ser o futuro, mas está claro que o programa de educação deve continuar. Assim como outras atividades que são relativamente fáceis de organizar. O modelo israelense de comunicação com jornalistas me parece o mais realista e prático de por em prática. Tive uma boa experiência com o editathon das minas. Pude perceber a vontade delas de escrever e fazer uma coisa bem feita. Apesar de ser 3 pessoas para esclarecer um grupo, a experiência foi boa. Desconheço algum caso de artigos apagados, revertidos. Eu pensei em fazer com eleições agora, dá para atingir um grupo heterogêneo. É polêmico, mas vai ajudar a mostrar para as pessoas que a Wikipedia não é um bicho de 7 cabeças. O editathon é bom porque pega um grupo com interesse em comum.
Asaf:Eu quero conectar o que Vitor acabou de dizer agora. Gosto da expressão "ilhas de supercomunicação". Ele disse que agora vê as coisas diferentes e que as coisas funcionam. Eu estou oferecendo um desafio para vocês agora: Sejam replicadores, conversem com suas sub-redes. Falem da percepção que você têm do que pode ser melhorado. Falem com as pessoas que não estão aqui. Sejam comunicadores e tornem as comunicações melhores.
João: Dentre as ideias do catalisador havia uma coisa de notificar que o artigo está em desenvolvimento por "estudantes/novatos" -- porque houve problemas com outros editores e suas primeiras edições.
Célio: Qualquer pessoa pode criar uma tag para o artigo que informe que ele está participando de uma força-tarefa ou do programa de educação. Basta que o professor tenha a iniciativa de identificar isso na pagina de discussão do artigo. Curiosamente, um dos melhores editathons que tivemos foi puxado por uma editora pouco ativa. Isso mostra que precisamos pensar cuidado com a ideia de que precisamos de uma organização super estruturada. É possível fazer muitas coisas com uma estrutura mais leve.
Fábio: Sobre a questão do banner informando que o artigo está sendo feito por um editor novato: isso é uma solução para um problema que não deveria existir. As pessoas novas deveriam ser bem tratados e não o contrário. Existem problemas da comunidade online e offline, um dos problemas online é o tratamento dado aos novos editores, conteúdo de qualidade está sendo perdido por detalhes de poucas importância, Há inclusive uma tipo de oportunismo com os editores do programa de educação, para que façam tudo de acordo com o "padrão" nos mínimos detalhes e tenham a edição mantida e assim uma "nota" na disciplina.
Jurema: Mesmo que ele coloque alguma coisa errada, ninguém tem que ir retirar o que ele colocou. Se ele está errado, corrija.
Tom: O que o João demandou e falou é um problema real que a comunidade deveria pensar. É difícil a pessoa pensar em fazer sem o estímulo de um agente externo. Eu fiz um esforço enorme para ter a tag do embaixador e no artigo, para melhorar a postura que alguns editores tinham em relação às edições. É difícil para o professor entender as reversões.
Fábio: O banner dá trabalho e não parece trazer os benefícios desejados. Isso é uma questão que deve ser discutida caso a caso.
Raylton: Essa discussão sobre a falta de receptividade na Wikipédia é muito longa. Vale a pena discutir agora?
Asaf: Foi bom ouvir o relato de um professor que participa do programa e sobre o uso dos banners. Mas decisões sobre isso só pode ser tomada pela comunidade (política editorial).
Tom: Eu acho que foi útil eu estar em contato com alguém da WMF, eu levava muitas demandas da comunidade, como a questão do captcha, criar um e-mail. Ter alguém lá com tempo para ouvir as demandas da comunidade é importante. Ter um canal de comunicação mais direto com a WMF. Por exemplo, a WMF poderia ter alguém para facilitar a comunicação e ajudar na resolução de problemas técnicos.
Célio: Eu ousaria dizer que nossa preocupação está no caminho contrário. Queremos preservar o programa de educação, mas o catalisador também funcionou recebendo demandas e questionamentos vindos da fundação. Todos sabemos que houve ruídos sobre o editor visual, remoção do captccha. Será que é preciso um porta-voz ou será que a Esplanada seria um caminho útil?
Tom: Eu digo que precisa de alguém na WMF que precisa ouvir as questões da comunidade. O Asaf não tem o mesmo tempo que a Jessie tinha para trabalhar comigo. Para entender as questões técnicas.
Asaf: Comentário rápido sobre isso. O Catalisador acabou, então a opção de levar qualquer coisa para a Oona acabou , pessoas que falam português, que estão no mesmo fuso horário e que vão se virar para levar tudo para a WMF. Isso acabou. No entanto, eu sou o seu novo ponto de contato, a nova Oona. Alguém que jamais vai dizer 'isso não é da minha conta'. Eu não fala português, tenho muitas outras comunidade para lidar. Mas, de novo, eu nunca vou deixar de atender suas demandas. Eu vou ajudá-los a encontrar o que precisam. Se sua questão é sobre apoio real financeiro a algo que estejam falando, então eu e minha equipe são quem diretamente pode ajudá-los. Se for outras coisas, eu posso servir de intermediário. Se você não fala inglês suficiente para falar comigo, deve haver outras pessoas que ajudem. O que eu não poderei fazer é acompanhar a esplanada. Vocês deverão me procuram e iniciar o contato. Eu não posso acompanhar todas as esplanadas em todas as línguas que existem. É responsabilidade de vocês fazer o contato comigo. A mediação que a Oona fazia acabou.
Helder: http://wikimediafoundation.org/wiki/Job_openings/Community_Liaison Houve uma vaga para trabalhar como mediador, foi fechado faz algum tempo. (from 2013)
Asaf: A WMF tem vários facilitadores da comunidade (community liaison), principalmente para as maiores línguas, como inglês e espanhol. Historicamente ocupadas com as partes técnicas e que falam também as línguas locais. Acredito que não exista um facilitador para a língua portuguesa, mas com o fim do catalisador é possível pensar se a comunidade tem interesse e precisa de um facilitador. Mas seria fruto de um processo de decisão amadurecido dentro da comunidade. Essa posição não precisa estar estabelecida em São Francisco, mas localmente.
Tom: Eu sugiro que a vaga para esse tipo de trabalhar esteja em São Francisco por importância política -- isso transporta o senso de urgência. Houve uma vez que eu liguei para a WMF para cobrar a solução de problema. Inclusive o tempo dedicado pelo Asaf é limitado.
Jo Lorib: É curioso que ele disse que nós estamos sempre trocando o interlocutor, mas eles também sempre trocam. Cada vez que vem alguém de lá, é uma pessoa diferente. Alguém notou o aumento do numero de editores após o bafafá todo que houve na imprensa?
Marco: Nesses últimos 25 minutos é fundamental listar aquilo que deve ser mantido das atividades realizada pelo Catalisador.
Jo Lorib: Uma das funções do catalisador era assessoria de imprensa, a oona fazia pessoalmente e pessoas ajudavam. Alguém deveria tomar conta disso e deveria ser preservada.
Asaf: O material de divulgação está disponível em pdf e suas fontes, assim qualquer pessoal pode reaproveitar esse material. A WMF pode ajudar na impressão em quantidade desse material.
Célio: Já existe material de traduzido para o português disponível na Wiki Br: https://br.wikimedia.org/wiki/Brochuras
Jo: É importante ter algum espaço físico onde material pode ser guardado e eventos realizados.
Asaf: Isso pode ser arranjado, mas deve ser bem documentado. A Ação Educativa ofereceu um espaço para a realização deste evento, por exemplo.
Fábio: houve uma demanda por entender o comportamento dos editores, isso foi entendido e discutido durante a Wikimania de 2012.
Asaf: Temos apenas alguns minutos finais então seria ótimo ouvir o que cada um aprendeu/gostou ao longo do dia de hoje.
== ROUND ==

  • Teles: Esse grupo se diferencia das outras tentativas de formação do capítulo, porque esse grupo concluiu que precisa melhorar os seus conflitos internos e focar mais nas atividades. Atingimos esse patamar e não devemos mudar daqui pra frente.
  • Patrício: Nesse tipo de grupo é possível mudar de um contexto mais filosófico para outro mais prático de forma rápida, é incrível ver os pontos discutidos e as possibilidades que temos agora que não existe mais um catalisador mas existe esse grupo e é nossa responsabilidade resolver nosso problemas.
  • Tom: A apresentação do Asaf tocou um ponto importante, que existe uma dificuldade quanto à representatividade, mas o grupo atual está disposto a resolver. Existe um grupo hoje para superar essa barreira. A WMF está disposta a apoiar esse tipo de atividade. Faltou falar melhor sobre a importância de conviver com as diferenças.
  • Raylton: Eu to feliz porque eu vi vontade de fazer alguma coisa. Menos cobrança, um auto-crítica. Foi um prazer conhecer vocês. My pleasure!
  • Rafael Pezzi: Eu concordo com o que o Teles falou, amadurecemos ao longo do dia, mas ainda não estamos no ponto de fazer um chapter mas estamos crescendo nesse sentido.
  • Jo Lorib: Foi a primeira vez que vejo gente diferente das outras vezes. O cara que veio da Fundação é um wikipedista: conhece a coisa! O enfoque é diferente. O pessoal que está aqui tem mais tarimba de Wikipédia. É importante sentir na fundação que vocês são do ramo.
  • Lugusto: Reunião produtiva. Identificou muitas coisas que precisam ser feitas para substituir o catalisador e fazer coisas que ele não conseguia.
  • Braz: Eu acredito que o encontro hoje dá uma expectativa de que coisas novas está para acontecer, ainda sim podemos resolver nosso problemas de comunicação e assim continuar.
  • Vitor Mazuco: drama queen
  • Luiza Teles: Particularmente, sobre a questão da representatividade. A reunião foi muito esclarecedora pra mim e vendo o movimento mais solto, livre, no sentido de construção é bem melhor. Feliz com a transição das atividades do programa catalisador, pois isso não pode ser perdido.
  • Joice: Só participei da parte da tarde. Gostei bastante. Talvez consiga promover algumas das ações mencionadas aqui. No ensino básico, existe muito preconceito em relação à Wikipedia.
  • Jorge: Encontro bacana para saber que existem muitas pessoas com as mesmas motivações. Estar aqui hoje é muito importante e motivador. Agradeço a vinda do Asaf para discutir as questões sobre o que fazer agora.
  • Fábio Barros: Depois de algum de tempo como voluntário esse é meu primeiro evento significativo para o futuro do movimento. Estive mais ouvindo que falando, mas agora depois disso tudo me sinto mais habilitado a participar e discutir assuntos relevantes para o futuro.
  • Jurema: Agradeço ao Asaf pela presença. Achei uma das melhores reuniões que já tivemos para tratar de assuntos internos. Bom número de pessoas tendo em vista os outros. Conteúdo bastante importante. Vamos em frente!
  • Rafael Moretti: Pessoalmente eu concordo com o que já foi dito, eu gostei muito de conhecer pessoas de outros estados e eu comecei a participar de eventos aqui em SP desde o ano passado e é importante ajudar os novos usuários. Eu gostei do que foi conversado e dos assuntos discutidos.
  • Fabio Azevedo: A presença da WMF nessa reunião ajudou a entender a visão e a relevância do Brasil para a Fundação. O sentimento geral é de que vamos deixar de lado detalhes e vamos ser pragmáticos. As pessoas estão mais dispostas a trabalhar. Pelo ritmo da coisa vamos pode realizar um evento desse tipo em breve por conta própria, tendo assim muito mais autonomia, e ser uma referencia
  • Jonas: Achei muito bacana o que foi discutido. Repito: a estrutura segue a função. Estamos percebendo isso em grupo.
  • Vini: Primeiro, obrigado pelo presença do Asaf, Patrício e de todo mundo que veio para essa reunião esse final de semana. E tenho a sensação de que o tempo gasto foi bem empregada, acreditamos no que estamos fazendo, além disso estamos motivados e alinhados em diversos pontos -- devemos focar nisso agora. Um problema de cada vez. Temos além disso apoio das pessoas que não vieram, elas contribuíram para que aconteça. Estamos num nível além daquele do passado. Mantenhamos as esperanças e vamos em frente.
  • Célio: Valorizo a importância desse tipo de encontro presencial. Esses encontros custam tempo e dinheiro e não são realizados na frequência que gostaríamos, mas são importantes para perceber pessoalmente as nossas diferenças num ambiente diferente, sendo mais fácil tratá-las de modo mais ameno, amigável e racional. Não foi um encontro de tomada de decisões, mas foi importante para perceber uma situação, imaginar um futuro e partir dele colocar a mão na massa, porque somos capazes de fazer muitas coisas, apesar do fim do catalisador. Basta termos o mínimos de organização e iniciativa. Compartilhar afinidades e resolver as nossas diferenças de maneira amigável.
  • Argenton: Participei pouco. O grupo parece que cresceu. Foi uma pena o catalisador ter terminado como terminou. Preferia que as pessoas não tivessem saído. É uma perda de potencial. Não pretendo fazer política com vocês. Se precisar fazer atividades e precisar de mim estarei aqui.
  • Márcio: Agradeço a presença de todos mesmo com o pouco tempo de organização. Muito bom o material apresentado pela manhã, começamos com ideias espelhadas e agora estamos pensando de forma muito mais organizada. Precisamos investir tempo para produzir um futuro interessante.
  • Marco: Obrigado pelo trabalho de transcrição. Foi interessante o ponto sobre lidar com as diferenças internas, porque é fácil ser frio e não ter empatia quando se está longe. Acho importante criar e manter laços encomotodos, serão pessoas e não nicks/números. O grupo vai se identificar consigo e assim ser muito mais coeso e produtivo.
  • Asaf: Eu aprendi um monte, houve várias coisas novas que eu ouvi hoje. Eu apenas gostaria de dizer a maior coisas aprendida hoje: como incrivelmente valioso é estar aqui no Brasil com vocês e falar com cada um e ouvir de cada um, e como foi um grande erro não ter feito isso antes. Eu assumi a região do Brasil na WMF, então eu lia muitos relatórios e pensava que tinha uma grande ideia do que acontecia no Brasil. Não acho que eles estava errados, mas nada substitui a oportunidade de estar com vocês e ouvindo vocês nas sua língua. Foi muito valioso ouvir o discurso ativo e não somente os relatórios. Fico feliz em ouvir o que cada um sentiu, que estão otimistas quanto ao futuro. São notícias fantásticas que me deixam muito feliz. Obrigado aos organizadores que fizeram tudo isso aqui funcionar bem, o hotel a wifi o lugar e tudo mais. Não prestamos atenção quando tudo funciona bem, obrigado por tudo isso. Obrigado.

== Isso deve continuar ==
1) Assessoria de Imprensa / Relações públicas
2) Programa de Educação
3) Contato com a Fundação (liason?)
4) Criação de conteúdo e material de divulgação
5) Blog << ????
6) Sede física para as reuniões
7) TechNews
8) Geração de pesquisas sobre a ptwiki (tempo parcial)
9) "Office boy"
== QUEM QUER FALAR? ==
== 31/08 ==

  • CENTER 3 -- 10h
  • Almoço - Bar do Mané (Mercado Municipal) - 12:30