Wikimedia:Ágora/Assembleia Geral de Fundação e providências

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Texto extraído da lista[editar]

Gente,

Acabo de ter mais uma conversa com nosso advogado e a maioria dos pontos do funcionamento da associação estão ficando prontos. Vou atualizar lá na wiki até amanhã. Por enquanto, vão algumas perguntinhas que surgiram:

Há entre nós algum contador com registro no CRC/SP? Precisaremos de um profissional para elaborar o plano de contas, o processo contábil e os demonstrativos periódicos. Há algum voluntário interessado em acompanhar esse processo? Estudante de Contabilidade ou contador em outros estados, talvez?

Há entre nós algum voluntário interessado em acompanhar os aspectos legais do processo de constituição da associação. Algum advogado ou estudante de Direito, talvez? Neste caso, já temos um advogado com registro na OAB/SP que irá assinar o estatuto e acompanhar a formação da entidade, só queria compartilhar com alguém as discussões até aqui. Acho que isso dá um módulo no Wikibooks.

Quem se dispõe a participar da Assembleia de fundação, se esta fosse realizada no dia 7 de setembro (sexta-feira, feriadão) no SESC Belenzinho? Esta data foi sugerida pelo Lechatjaune nesta lista em 15 de março e também pela Salete do SESC (que também sugeriu o local) ao Rodrigo Argenton, conforme mensagem dele de 19 de abril, O local é de bom acesso? Teria um bom espaço? Acham que poderíamos incluir no evento WikiBrasil a assembleia de fundação (p.ex. antes do horário combinado de abertura ao público)? Outra sugestão foi 7 de junho, daqui a ~15 dias.[1]

Castelo

[...]
Rolará participation grant pra assembleia de fundação?
Pontos a se resolver, que me lembro, é a definição do Conselho Diretor e do Fiscal, ainda temos que decidir.
Abraço, vamos por isso pra frente!
  • M*ateus*N*obre[2]
[...]
Bom, eu enviei para o ChapCom como sugeri e até agora nada...
Daqui 15 dias não rola não, melhor esperar o ChapCom, acho melhor.
Uma das coisas que eu tenho pensando muito é que como serão apenas nominais, os diretores poderiam ser qualquer um de S.Paulo, para facilitar os documentos em um primeiro momento. Pois não importa muito quem é, importa mesmo é facilitar os processos.
Acho que seria a hora de forçar um pouquinho o ChapCom, para podermos nos programar para setembro, um evento nacional não dá para fazer da noite para o dia.
Poderíamos fazer sim a assembleia no evento, só acho que seria melhor no último bloco do evento. SESC Belenzinho é de fácil acesso, é grande, e a gente o procurou por vários motivos, fique tranquilo. ::::Só não quero reiniciar uma conversa, se não estivermos preparados de novo para assembleia, que acho que é o principal aqui, colocar todo mundo sobre o mesmo teto e chegarmos a uma assembleia produtiva.
Alias, acho que é importante salientar que os cargos serão apenas para o governo, em conversas privadas, ouvi pessoas dizendo que queriam usar o cargo "diretor da Wikimedia Brasil" para poder "facilitar" conversas. Eu acho isso abominável e acho que temos que deixar realmente claro que isso não pode existir, todos somos "apenas" voluntários.[3]
Alias Castelo, lembrei agora que entraram em contato para falar sobre assistência jurídica, quer falar com eles? Eu não abri o contato, mas eles enviaram por OTRS eu dou um procurão lá se quiser.[4]
-- Rodrigo Tetsuo Argenton

┌─────────────────────────────────┘
Uma das coisas que eu tenho pensando muito é que como serão apenas nominais, os diretores poderiam ser qualquer um de S.Paulo, para facilitar os documentos em um primeiro momento. Pois não importa muito quem é, importa mesmo é facilitar os processos.


Seguindo esse teu discurso, quer dizer que pode chamar uma galera do meio da rua (Ei, assina aqui!), e deixar eles com o cargo de Direção? Se significa realmente nada como tu demonstrou, então acredito que posso interpretar dessa forma também :D

Você pode ter essa ideia de que isso realmente não vale coisa alguma, mas esse cargo,* independente do que você pense ou não*, ainda tem muito poder nas mãos. E poder *legal.* Quem garante que qualquer um de S. Paulo vai aderir integralmente às tuas ideologias, e vai ignorar o cargo de Diretor? Tiro no escuro.

Muito mais seguro e justo eleger democraticamente pessoas candidatas da comunidade, que já ganharam a confiança da galera. Afinal, a gente tá falando de Direção e Conselho Fiscal. Eu discordo disso de "qualquer um".

E *dois*:

Alias, acho que é importante salientar que os cargos serão apenas para o governo, em conversas privadas, ouvi pessoas dizendo que queriam usar o cargo "diretor da Wikimedia Brasil" para poder "facilitar" conversas. Eu acho isso abominável e acho que temos que deixar realmente claro que isso não pode existir, todos somos "apenas" voluntários.

A conversa foi comigo, para sermos transparentes =)

E sim, não nego que se eu fosse diretor e fosse falar com algum reitor (pro WMBR_Edu), alguma empresa ou local (pra parcerias ou eventos), ou qualquer coisa do tipo, se ele perguntasse mais sobre minha função na Wikimedia Brasil falaria sou Diretor do que sou voluntário. Já pedi muuuuuuuuuuuuuuuito patrocínio na vida (desde a época do ensino fundamental, pra vocês terem ideia, velhas feiras de ciência =P) e eu sei bem como é isso. E agora que eu estou em uma sociedade de eventos em Mossoró, quando você mostra o seu cargo, as coisas deslizam como manteiga. Aliás, nem diria que é uma questão de cargo. A questão é que a visão de voluntário pro mundão lá fora é o "neoescravo das empresas", hahahah (: E desde quando neoescravo tem alguma moral pra falar pela organização? :P

Se a gente tem um meio pra facilitar nossa vida como voluntário da WMBR na mão, porque vamos deixar de usar? Todo mundo aqui sabe que somos voluntários. Mas todo mundo aqui sabe que é impossível doutrinar o mundão lá fora (:

Esse é meu ponto de vista. Deixo aqui o segundo Discordo

De resto, tá OK.

Abraço (:[5]


Importante salientar da minha parte que o uso das funções internas seria de*uso exclusivo **externo *e que não teria qualquer fim de autoridade, obviamente.
Isso não mudaria *em nada* nossos ideais. Só seria um facilitador. Tipo, eu sou diretor só porque né, enfim (:
Pra mim dispensar esse facilitador seria mais questão de birra que de ideais, mas é só uma opinião =P
Abs[6]

--

  • M*ateus*N*obre


Vejo o CD como uma estrutura de apoio, e isso pode significar facilitar contatos, onde uma estrutura é necessária. Foi o que me convenceu da necessidade de uma associação legal, aliás. Aqui em Brasília creio que seria muito mais difícil estabelecer parcerias sem algum grau de formalização. Mas se não houver diretor aqui, basta pedir aos do CD que abram as portas, por mim já é mais do que suficiente. Idem para Mossoró.
Não que seja completamente indiferente, acho que seria importante que o CD tivesse a credibilidade do grupo para não passar metade do seu tempo disponível se defendendo de acusações. Mas acho também que temos várias pessoas com totais condições de assumir a função, não vejo razão para a hesitação. É quase como a mística dos administradores da pédia. Há milhares de organizações pelo País, muitas delas são muito bem geridas, mesmo sem super-herois na direção. Por que não podemos dar conta disso? CF idem, e aliás não sei porque não temos voluntários interessados, em número suficiente, para este órgão.
Bom, critério é de cada um, mas na minha opinião, SP tem um cenário que facilita a ação voluntária, justamente aqueles em que a estrutura da organização é menos necessária. Poder distribuir a associação (inclusive parte de suas formalidades) em outras regiões me parece uma boa ideia, desde que isso não impeça os necessários encontros presenciais, no mínimo uma vez por ano. Se isso puder contribuir com os objetivos do movimento, não vejo problemas. É só ter bom senso e responsabilidade, lembrando que a associação é um meio, e não um fim em si mesma.
Mas não é só os conselhos, o mais básico é que os futuros associados fundadores tenham disposição e disponibilidade para trocar o seu descanso no feriadão pela participação no evento, em São Paulo, em uma região bem localizada, em um espaço bacana, com outras atrações na agenda. Quem topa? Se pudermos fechar uma data, podemos fechar os prazos para os demais processos de trás para frente. Por exemplo, definindo um prazo final para as candidaturas, para a definição do formato e para a escolha dos conselhos. Sò uma ideia...
CB[7]
Ni!
Por favor não vamos confundir alhos com bugalhos.
Os cargos da associação são exigências formais da milícia armada chamada Estado, controlada por Cachoeira, Sarney, Dirceu, ruralistas e outros demônios do inferno ardente.
Não há razão alguma para atrelarmo-nos a elas em nossas relações, mais do que controlá-las coletivamente, extirpando ao máximo os privilégios desses indivíduos através do regimento.
Essa é a única maneira que faz juz e respeita o nosso trabalho aqui e o trabalho de todos os voluntários na wiki.
Misturar esses cargos impostos a nós com a condução da nossa comunidade é um erro gravíssimo de gestão.
Posto isso, podemos abordar a questão das relações de forma mais clara.
Se algum dia nós chegarmos ou chegar a nós, como pode já ter acontecido, uma situação onde pareça a alguém necessário ou extremamente benéfico uma abordagem institucional, essa pessoa tem inúmeras maneiras de superar tal obstáculo.
Dentre elas, e já em certa ordem:
0) explicar que somos um movimento global, colocar o peso do movimento, dos seus valores e das suas conquistas, mostrando exemplos e dando grandes ideias;
1) apresentar o programa de grants da WMF;
2) consultar a comunidade sobre como proceder caso você esteja em dúvida sobre a sua estratégia ou veja alguma dificuldade de aproximação ou comprometimento;
3) em último caso, solicitar à comunidade o privilégio temporário de usar um cargo a ser criado para superar essas dificuldades, completamente desvinculado da burocracia Estatal;
Por exemplo "vice-diretor para relações institucionais"; fica muito chique, vai abrir tantas portas quanto "diretor da associação", não quer dizer absolutamente nada e podemos ter tantos quanto quisermos.
Veja que aqui já fica clara uma das razões concretas pelas quais é nocivo usar os cargos da burocracia Estatal para este fim: não podemos ter tantos deles quantos quisermos, gerando assim disputa por um recurso útil que não precisa ser escasso.
Bem, é isso aí, e essa discussão devia estar acontecendo na wiki.
Abs,
l
e .~´[8]
Olha o chauvinismo (:
Deixar de usar ferramentas úteis - e usando suas palavras com as quais concordo, podem abrir muitas portas* (ou mesmo facilitar, se ela for uma daquelas velhas com as dobradiças enferrujadas :P) *- deixar de usá-las por fins meramente ideológicos pra mim é só birra (:
Veja bem, eu não sou ativista do conhecimento livre porque eu acho bonitinho e cuti cuti, ouuunti =P. Muito pelo contrário. Eu acredito que o conhecimento livre é a via que o mundo deve andar pra uma qualidade de vida maior, ou usando um termo que o Everton conversou comigo um dia, o "socialismo de informação".
E qual é o meu ponto? Se uma coisa pode ser uma mão na roda pra nós, sejamos oportunistas! "Abordagens institucionais", acredite, a gente vai precisar muito disso. Diretooo. Alguém pode até conseguir uma parceria com uma grande empresa ou coisas grandes do tipo sendo voluntário, daí parabéns. Só que pra que ir pelo caminho tortuoso, sinuoso, cansativo e e cheios de rodeios quando você simplesmente pode pegar a reta e chegar ao mesmo ponto, fazendo uma abordagem institucional? Só ideologia mesmo? Questão de orgulho?
Todo mundo sabe aqui que nós somos voluntários, e tirando algumas exceções,ninguém ganha um centavo :P Mas mesmo assim, todo mundo tem igual voz, e pode agir como um verdadeiro membro da comunidade. ::::Só que caros, isso não é maioria por aí. Imagine se apresentar como voluntário pra uma grande empresa, o velho que a gente ia tentar parceria vai logo falar Manda teu patrão aqui que a gente conversa'
- Aaaaah, mas eu não tenho patrão, nós somos um movimento colaborativo voluntariado que difunde o conhecim...
- zzzzz...
=)
Saliento de novo e de novo, não tem qualquer coisa a ver com o interno da comunidade. Todo mundo sabe que todo mundo é igual aqui. Tem a ver com facilitar as coisas pra gente lá fora =)[9] [E todo mundo sabe que o diretor aqui vai ter tanta moral quanto quem só é voluntário (: Tem a ver com facilitar as coisas pra gente lá fora, e usar uma ferramenta a nosso favor!] [10]
--
  • M*ateus*N*obre

┌─────────────────────────────────┘
Desculpe Mateus, você pode ter dado carteirada e falado que foi buscar patrocínio e o diabo, mas você nunca promoveu uma atividade como Wikimedia Brasil. Esse nome pesa muito mais que qualquer diretor. Alias, eu já fui em toneladas de reuniões, até com grandes empresas como voluntário, de várias coisas fora da Wiki, e nunca tive problema.

E eu já assinei ofícios de parcerias entre equipamentos do governo e uma ONG, como voluntário. E era um aparato legal, e não foi necessário a aprovação de um diretor, mesmo aquela ONG sendo megaengessada, e tendo 14 diretores e 2 presidentes, nenhum deles colocou o nome para fechar a parceria. Alias, vinha assim:

Rodrigo Tetsuo Argenton

--

Voluntário

Desculpe, quase nunca vamos utilizar as vias institucionais para realizarmos algo. Não é para isso que estamos acordados, a Associação é o último recurso, dos últimos.

E sim, eu tenho orgulho do que criamos, uma comunidade Wiki no offline, eu tenho orgulho e falo para todos e ainda falo que é o melhor modelo que eu conheço para organizações e os outros deveriam seguir.

Mas também é questão de princípios. E se a empresa que estivermos conversando não acreditar nos nossos valores, não devemos fechar uma parceria com ela, não tenho que mandar o "diretor" sair da torre de marfim dele para ir falar com o cara. E bom, já fazem 4 anos que eu to nisso, e nunca vi alguém falando "eu não acredito nisso" ou "chame seu patrão".

Seus argumentos são falhos, e não estão pautados em realidades e só em achismos, convido de novo a você realizar uma atividade usando o nome "voluntário da Wikimedia Brasil", eu já consegui parceiros falando "oi, meu nome é Rodrigo", se não conseguiu, fez algo de errado.

Movi para a Wiki:Wikimedia:Ágora/Assembleia Geral de Fundação e providências

-- Rodrigo Tetsuo Argenton[11]


Textos acima foram retirados da Mailing List da WMBR.

  1. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011345.html
  2. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011350.html
  3. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011351.html
  4. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011353.html
  5. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011355.html
  6. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011355.html
  7. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011356.html
  8. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011357.html
  9. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011359.html
  10. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011360.html
  11. http://lists.wikimedia.org/pipermail/wikimediabr-l/2012-May/011362.html

Discussão[editar]

Alias, cobro ou não o ChapCom? E Castelo, ainda não entendi: "em São Paulo, em uma região bem localizada, em um espaço bacana, com outras atrações na agenda. " e as perguntas sobre o Sesc, não gosta do lugar? Rodrigo Tetsuo Argenton (discussão) 20h15min de 24 de maio de 2012 (UTC)[responder]

Nada contra, estou me referindo exatamente ao SESC Belenzinho e estou me baseando na sua opinião de paulistano sobre ele, com muito mais propriedade do que eu poderia ter. Não conheço a região (ou até conheço e nem sei). Acho que devemos aceitar a oferta que a Salete te fez, e fechar essa data e local. Sobre o ChapCom, vamos precisar fazer algumas modificações no estatuto (mais de forma do que de conteúdo), então é melhor enviarmos a mensagem para eles informando da nossa proposta de data, perguntando se esta deadline é razoável e encaminhando a versão atualizada do estatuto (posso até mandar uma lista com as alterações à parte, para não atrapalhar o que já foi discutido até aqui). CasteloBrancomsg 20h36min de 24 de maio de 2012 (UTC)[responder]
E o "com outras atrações na agenda" é considerando sua proposta de fazer a assembleia dentro do evento. CasteloBrancomsg 20h37min de 24 de maio de 2012 (UTC)[responder]
  • Transcrevendo minha resposta ao email acima do Rodrigo, na lista: É claro que discordo do Rodrigo e concordo com o Mateus, mas é melhor expressar isso, para que uma opinião individual não pareça a opinião de todos.Em trinta anos de trabalho nunca vi ninguém assim ter sucesso, a posição formalizada ajuda e muito. mas o que é a minha experiência profissional comparada à sua "tonelada e o diabo"...E o nome com W que pesa mesmo é outro, né, pena que não seja de seu agrado.

Jo Lorib (discussão) 20h52min de 24 de maio de 2012 (UTC)[responder]



Respondendo Mateus e Jô[editar]

Mateus e Jô, parece-me que vocês não leram com muita atenção o que escrevi e acabaram confundindo as sugestões.

Aliás Mateus, a palavra chauvinista não é uma licença para você ignorar argumentos e experiência diretamente relevantes ao assunto. E pragmatismo e utilitarismo também constituem ideologias, talvez as mais insidiosas delas.

Mas voltando ao nosso assunto e esclarecendo as possíveis confusões...

A associação está ali para dar esse apoio institucional, isso é óbvio, caso contrário ela não existiria.

Alguns de vocês já repetiram que precisam desse terceiro pé, então aí está. Pessoalmente, eu tenho muito claro que nunca precisei e não vou precisar, porque tenho organizado colaborações com desde movimentos sociais (fora do eixo, garoa, polignu etc) até instituições de décadas de tradição e milhões de reais de orçamento (CCE_SP, SESCs, folha de são paulo, bienal de arte de são paulo - essa é novidade, aguardem!, - museu da língua portuguesa - também novidade!, - USP etc). Mas cada um é cada um e eu confio na palavra de vocês sobre as suas realidades e capacidades.

Agora, cair na bobagem de usar um instrumento na forma como ele é proposto pelo Estado é a estupidez máxima que podemos cometer. É uma incompetência administrativa porque esse instrumento não foi criado considerando a nossa realidade, mas uma outra diametralmente oposta. E é um desrespeito a quem tem trabalhado em atividades offline provando há anos que há vantagens imensas em buscarmos formas de organização que nos contemplem.

Aqueles que serão os diretores para o Estado são um grupo pequeno e sob o qual organizaremos um controle coletivo. Hoje não é difícil você mandar um documento por email e a pessoa assinar do outro lado do país. Essas figuras são figuras, e não há razão alguma para um grupo restrito de pessoas concentrar na prática quaisquer funções, para além da exclusividade imposta pelo Estado à responsabilidade de assinar um pedaço de papel.

O que leva então à questão principal: vocês mesmo admitem que a demanda por representatividade institucional será grande - apesar de até hoje ninguém ter postado uma única mensagem na lista dizendo "olha estou tendo dificuldade de falar com essa instituição aqui, alguém tem uma ideia de como fazer isso?" (acho que exceto uma vez o Castelo, quando pediu-se justificativas para a associação).

Enfim, mas voltando ao ponto, por uma simples questão algébrica, por essa observação que vocês fizeram, a ideia de equacionar quem é a diretoria para o Estado com quem pode se apresentar como diretor para contactar outras instuições é de uma falta de visão chocante. Obviamente, pela demanda que vocês mesmos prevêem, criar-se-ia um gargalo completamente desnecessário equacionando esses estatutos.

Se o Mateus vai a Fortaleza falar com algum Jereissati (bem, nesse caso me chama que são brimos hahaha) é o Mateus que é o diretor e pronto. A gente põe o nome do lado do título na wiki e tudo. Basta ele fazer a solicitação. Não tem que esperar um de três coitados ter tempo de atravessar o país pra dar um alô e logo depois sumir, perdendo tempo, gastando dinheiro e aumentando a pegada de carbono.

Assim como é uma tremenda falta de atenção, apenas porque eu coloquei como "último caso" o uso de um nome institucional, achar que estou sugerindo que isso será um evento raríssimo. Último caso quer apenas dizer que se deve avaliar outras possibilidades antes, não que na maioria dos casos não se chegará até a última. Pode ser que a realidade seja difícil, mas isso não quer dizer que não devemos aproveitar sempre que ela apresentar portas abertas.

Eu fico triste de alguém parecer sugerir que não vale a pena nem pensar a respeito de tentar trabalhar sem uma coroa na cabeça, quando nós já temos prova sobrando, do exemplo do trabalho meu e de muitos outros, que é possível trazer para dentro do movimento todo tipo de grupo, grande ou pequeno, corporativo ou informal, rico ou pobre, só mostrando a cara e uma boa ideia.

Por fim, vale lembrar que o maior limitante hoje para atividades offline não é a falta de parceiros externos ou de recursos, e sim a falta de mão de obra na própria wiki lusófona, que aos poucos vamos tentando suprir formando novos contribuidores (por favor, provem-me errado nisso que eu vou abrir tanta porteira que vão achar que começou o dilúvio). Recursos tão sobrando, a WMF não sabe onde enfiar o dinheiro que tem pra grants, eu não sei mais por onde deixar isso claro de tantas vezes que repito, e até hoje tou esperando pedirem um centavo para projetos - mas aí vem reclamar que vai ser difícil pegar patrocínio?

Então eu peço que releiam os pontos da minha mensagem anterior, eles são um caminho de bom senso para qualquer atividade. São necessários para o movimento offline fazer juz à escala do trabalho nos projetos de conteúdo, pois para isso precisamos crescer dando preferência aos caminhos que causam menos sobrecarga coletiva e utilizar com parcimônia e segundo a necessidade os recursos que tem alto custo de manutenção. Isso significa envolver a instituição apenas onde ela é necessária, pois toda atividade da instituição gera um custo de gerenciamento socializado por todos envolvidos em mantê-la - de outra forma não seria um empreendimento coletivo, mas uma empresa privada, que certamente não se alinha aos nossos fins.

Estou apenas propondo usarmos a instituição com bom senso perante a realidade maior dos projetos, e isso significa não identificar os cargos da burocracia estatal com os cargos da prática institucional, e não utilizarmos esses recursos quando pudermos caminhar sem eles. Não é nada de surpreendente ou ideológico. Pelo contrário, é, como desenvolvido nos argumentos acima, o que três anos e meio ininterruptos de experiência organizando atividades e estudando as de wikimidas ao redor do mundo ensinaram-me.

Abraços,

--Solstag (discussão) 05h47min de 25 de maio de 2012 (UTC)[responder]

  • Ale, você parece o Maluf, no meu governo, rs...A grande verdade é que essas iniciativas resultaram em pouco, por que são apenas contatos de voluntários. Ah os críticos...Jo Lorib (discussão) 11h39min de 25 de maio de 2012 (UTC)[responder]
    Jô, obrigado pela parte que me toca ;) rsrs. Não acredito em grandes verdades. Essas iniciativas tiveram significativos, concretos e duradouros resultados e a única razão pela qual esses resultados não são evidentes para você, sem julgamentos, é porque não esteve presente. Falo da minha experiência porque é do que posso falar com propriedade para ilustrar a situação. O problema que sinto na prática é o oposto do que vocês descrevem. É tremendamente fácil criar demanda e comprometimento de instituições, o que falta em alguns casos são voluntários disponíveis e capacitados para instruí-las em como contribuir, e isso nenhum distintivo de capítulo nem da WMF resolverá. Se olharem com cuidado as páginas desta wiki verão a profundidade dos resultados obtidos e o potencial de investimento institucional que já conquistamos, além da parte significativa que já foi realizada. --Solstag (discussão) 19h06min de 29 de maio de 2012 (UTC)[responder]
  • Acho válida a preocupação do Mateus e do Jo, vamos lidar com pessoas (físicas e não-físicas (seres plasmáticos :)) que tem modelos engessados de fazer coisas, por que não propor novos meios? Como diz o (s)Argenton, nós somos inovadores em muitas coisas, vamos disseminar isso. Se eles querem seriedade vamos mostrar o que já foi feito, temos capacidade e criatividade, poucas mulheres sim, mas sabe como é, de grão em grant ... --Jonas AGX (discussão) 14h22min de 25 de maio de 2012 (UTC)[responder]
  • Solstag, não há um dualismo ou incoerência entre as duas coisas, por isso concordo com você (em 99% do que expôs) e também com o Mateus (em 99% do que ele argumentou). Acho que não está em discussão o uso indiscriminado do cargo de diretor para todo e qualquer contato interno e externo. Acontece que há momentos em que algum grau de formalidade é necessário. Se não houvesse esses momentos, não haveria razão de se ter uma associação. Na maioria dos casos, os mutirões podem atender muitíssimo bem, melhor até do que por meio de uma estrutura formal. Mas se for necessário, a associação estará lá para isso mesmo. Se alguém não quer ser diretor, não tem problema nenhum, vai ter até mais tempo para fazer o que já faz e ninguém vai impedir ou atrapalhar. E quando/se precisar de um ofício ou uma assinatura, é só pedir. Foi isso que combinamos como "estrutura de apoio". Não peça "permissão" para os diretores, peça "apoio", e só se for necessário. Se não for necessário, maravilha, be bold. Acho que o caminho a ser estimulado é o do mutirão, e guarde-se os formalismos para os momentos em que for necessário, até porque envolvem custos (no mínimo do tempo de algum cidadão). Mas tenha em conta que não é em todos os lugares do País que você tem a mesma flexibilidade que se encontra em São Paulo. Em alguns cantos por aí afora, pode ser mais necessária uma introdução formal e nossos voluntários desses lugares podem encontrar mais dificuldades do que você encontra aí. E se isso ocorrer, que mal há em lançarmos mão da estrutura criada exatamente para isso? Vai lá como voluntário, se alguém pedir para formalizar, formaliza ou pede que alguém o faça, pronto! Só não perde o contato por causa disso. Não sei porque teríamos querelas, a essa altura do campeonato, com esse assunto, que está mais do que superado. CasteloBrancomsg 22h39min de 25 de maio de 2012 (UTC)[responder]
  • A propósito, acho ótima a sugestão do cargo temporário, mas por uma questão jurídica (o "princípio da veracidade"), não vamos usar "diretor", porque isso já inclui formas de escolha e atribuições definidas em estatuto. Chama de (quase) qualquer outra coisa. Que tal "coordenador (de atividades)" ou "embaixador"? Isso poderia inclusive estar definido no regimento interno (e não no estatuto, pelamordedeus): quem precisar, pede na wiki (justificando a necessidade) e, se houver consenso, o estatuto é conferido automaticamente e uma relação pública desses nomes é atualizada a partir dessas decisões. Só um "toró de parpite"...CasteloBrancomsg 22h45min de 25 de maio de 2012 (UTC)[responder]
Castelo e demais, eu comecei minha mensagem observando que há uma falta de entendimento e não de concordância. Meu ponto principal aqui foi desde o início a questão administrativa, já assumindo a existência da associação, de que não precisamos replicar a estrutura burocrática na nossa estrutura prática, pois isso é contra producente. O segundo ponto que entrou atravessado, como partilha de experiência entre amigos, é que o discurso de alguns parece-me estar assumindo a necessidade institucional antes da hora e com uma centralidade irreal e portanto contraproducente. Mas em lugar algum disse que ela é desnecessária, disse aliás o oposto, que apesar da minha experiência ser numa outra direção, eu há tempos já assumi e confio no testemunho dos colegas sobre as suas realidades. Como você disse, isso é uma questão resolvida já.
Talvez tivesse sido melhor eu não tentar lidar com os dois pontos ao mesmo tempo. Retomando então, o ponto principal é isso que você notou, que é muito mais flexível e adequada à nossas necessidades essa ideia de cargos temporários de apoio, que eu sugeri chamar "vice-diretor para relações institucionais", e que evidentemente deve ser algo regulado pelo regimento e tudo mais, sem criar nenhum problema jurídico. --Solstag (discussão) 19h06min de 29 de maio de 2012 (UTC)[responder]

Vou dar uma cutucada em vocês... uma coisa está ocorrendo e acho interessante pensarem um pouco. Eu e o Abdo, fizemos sei lá quantos mutirões, e sei lá quantos contatos, e batemos na tecla que não é necessário cargos permanentes, e que deveriam ser feitos de uma forma e tal. Os que estão criticando, nunca organizaram uma única atividade! Eu convido vocês a fazerem atividades e conversarem com potenciais parceiros para sentirem como é fácil no Brasil contornar essa situação, ainda mais com o nome que carregamos. E eu vejo muito mais confiança no nosso trabalho quando eu falo "não mexemos com dinheiro, não temos nenhuma forma de estrutura burocrática", principalmente em contextos mais vulneráveis. Há muita ONG picareta no país, falar que nem vê dinheiro já uma forma de falar "opa, não queremos seu dinheiro, só queremos ajudar mesmo, pois acreditamos em vocês" (nhooo), mas é isso. Temos muitas oportunidades para fazermos atividades, e a única coisa que temos são atividades e valores. Acho de suma importância deixar claro que não teremos cargos, e que a Associação será o último de muitos passos até para que a Sociedade se inclua nos processos, ceder um espaço não é só dar um lugar, é fazer parte de algo, temos esse papel de convidar para que eles apoiem se acreditam. Alias, eu pergunto ao restante vocês entendem o motivo pelo qual fazemos tudo via parceiros? Rodrigo Tetsuo Argenton (discussão) 01h58min de 27 de maio de 2012 (UTC)[responder]